A liderança do governo do Estado na Alesc mantém o alerta para o contrato firmado para a compra de respiradores mecânicos, em edital de R$ 33 milhões, pagos antecipados e em que o Estado ainda não recebeu os equipamentos, mas diz não ser o momento para a instauração de uma CPI para apurar o caso.
De acordo com a deputada Paulinha (PDT), líder da bancada, a Alesc já dispõe de uma comissão para avaliar as compras relacionadas à Covid-19. Instaurar uma CPI seria, para Paulinha, manter duas comissões investigando a mesma coisa.
"Vi que o governo publicou uma nota e abriu processo para apurar as responsabilidades. Estou de acordo que qualquer tipo de denúncia precisa ser investigada, em qualquer governo. Se houve denúncia, precisa ser averiguada. eu discordo do método. Temos uma comissão de nove parlamentares cuja função é fiscalizar o governo nos atos de Covid. Tem que se averiguar como, por que, quem autorizou, quem são os responsáveis, mas já temos órgão para isso", aponta Paulinha.
Quem tenta emplacar a CPI é o deputado estadual Ivan Naatz (PL), que levantou dúvidas sobre a governabilidade de Carlos Moisés (PSL). Paulinha opina que não seria o momento para uma CPI, pois poderia paralisar Assembleia e governo.
"Não posso precisar (se vai ser instaurada a CPI) porque não conversei com todos os colegas. É uma avaliação que não posso fazer agora. Mas quero dizer que é desnecessário a CPI. Essa investigação não pode tomar o espaço a ponto de congelar o governo e o parlamento, temos outras questões que precisamos seguir adiante para benefício da população", disse.
A líder do governo afirmou que ainda não conversou com Moisés, mas que acredita que o governador não teve participação no contrato para a compra de respiradores mecânicos, que já ocasionou a exoneração da superintendente de gestão administrativa de Santa Catarina, Márcia Regina Pauli.