Um dos deputados catarinenses presentes na primeira convenção do Aliança Pelo Brasil, futuro partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, foi Jessé Lopes (PSL). O deputado estadual falou para o programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, sobre os objetivos da ida a Brasília para auxiliar na criação da nova sigla.
"Meu propósito é poder ajudar nas questões do partido do Bolsonaro. Se isso acontecer (do partido ser criado já no ano que vem), vamos trabalhar para dar uma opção à nossa região e trabalhar os candidatos (para as eleições municipais)", falou Jessé.
O deputado também conversou sobre a questão jurídica para a migração de partido, que permite aos deputados com mandato fazerem a troca antes de 2022, desde que seja para uma legenda recém criada. "Essa questão de entrar no partido sem me comprometer, é uma questão jurídica que eu não sei determinar. Se for para abraçar alguém aqui, vou abraçar aquilo que eu defenda. Sobre apoiar gente de outro partido, é algo que eu ainda não construí. Meu objetivo é poder estar em um partido que represente uma ideia e seja selecionado como tal", disse Jessé.
Com a probabilidade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não permitir as assinaturas digitais para a criação da nova sigla, o Aliança pode sair do papel somente em 2021. No entanto, Jessé afirmou que o grupo bolsonarista ainda trabalha para liberar o novo partido a tempo das eleições municipais de 2020. "A prioridade é essa, vamos trabalhar em cima disso. Temos que ter o cuidado de ver de que forma poderemos colaborar sem nos prejudicar. A expectativa é homologar esse partido até março (de 2020), mas estamos tendo essa dificuldade. Se as assinaturas forem pessoalmente, o TSE acaba cortando muitas assinaturas, por exemplo de pessoas que estão filiadas em algum partido, mas o Bolsonaro tem um apoio que é acima da média, essa é a boa expectativa", projetou Jessé.