O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Júlio Garcia (PSD), concedeu na manhã desta quinta-feira, 17, uma coletiva sobre o balanço das atividades da assembleia em 2020. O presidente ressaltou não só a grande quantidade de matérias aprovadas pelo plenário como também a harmonia entre deputados e o Governo de Santa Catarina na reta final do ano.
“Acho que houveram momentos de dificuldade, momentos em que os poderes não estavam convivendo harmonicamente como recomenda a constituição, e isso foi superado. O importante é terminar 2020 com a harmonia restabelecida e a certeza de que teremos um 2021 promissor para Santa Catarina”, destacou Júlio.
A atuação da Alesc neste ano começou a mudar drasticamente a partir de 2020, quando foi realizada a primeira sessão virtual da história da assembleia. As sessões transcorreram virtualmente ao longo do ano e, segundo Júlio, deverão ser mantidas justamente pela facilidade e produtividade trazida.
Desde então, foram mais de 900 matérias aprovadas pelos deputados - um aumento de aproximadamente 25% em comparação ao ano de 2019. Ao longo do ano, foram doados cerca de R$ 60 milhões para o Governo do Estado por parte da Alesc, a qual doará ainda nesta quinta mais R$ 113 milhões. “Fruto de economias realizadas pela assembleia através da direção geral e de todos os colaboradores”, disse o presidente.
As atividades na assembleia acabaram sendo ainda mais intensificadas e ganhando um peso maior por conta da pandemia do novo coronavírus, que tomou conta de boa parte das matérias aprovadas. Projetos para combate a crise sanitária e econômica, proibição de corte de energias, deliberação de atividades essenciais e outras ações foram trabalhadas ao longo de 2020.
Um capítulo, que se estenderá até 2021, referente a pandemia, é o processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés. A relação de Moisés com a assembleia durante 2020 foi extremamente complicada e, em alguns momentos, até mesmo conflituosa. Os processos de impeachment ajudaram a inflamar ainda mais as discussões dentro do plenário.
O primeiro processo, referente ao aumento dos procuradores do Estado, terminou com parecer positivo ao governador. O segundo, referente a compra dos 200 respiradores, o qual gerou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), ainda será julgado em 2021.
Um dos principais problemas destacados pelos deputados e outras autoridades políticas em relação ao Governo do Estado era justamente a falta de comunicação com os poderes. O comportamento de Moisés mudou com o retorno ao cargo de governador, após os dias de afastamento.
“A maior deficiência do Governo era a falta de conhecimento político e essa convivência política sem construção de harmonia. Cedemos ao governo [o PSD] um dos quadros mais preparados politicamente, algo que o governo não tinha nos dois primeiros anos”, disse Júlio.