Júlio Garcia (PSD) respondeu à acusação da operação Alcatraz, que investiga fraude de licitações no Governo do Estado. O presidente da Alesc é um dos 21 indiciados e investigados na operação, apontado inicialmente como um dos possíveis chefes da organização criminosa.
"No decorrer da investigação provei que isso não era verdade, de forma que o motivo maior da investigação desapareceu. O que restou? A ilação de que eu sou sócio oculto desta empresa e não há uma prova sequer", defendeu-se o deputado.
O relatório entregue pela Polícia Federal à justiça aponta quatro possíveis crimes cometidos por Garcia: fraude em licitação, corrupção ativa, ocultação de bens e integrar organização criminosa.
"Como que eu vou fraudar licitação na secretaria da administração? Só porque eu era amigo do secretário adjunto? Eu nem conhecia as licitações. Não há nem motivo para fazer ilação de que eu tenha qualquer participação. Isso tudo vai ser provado", afirmou o presidente da Alesc.
Júlio Garcia alega que está sendo investigado unicamente por conhecer uma pessoa que apareceu em outras investigações. "Ela me atingiu lateralmente", disse. O deputado também declarou estar tranquilo em relação ao processo.
"Antes eu estava abatido, mas hoje estou indignado. Esse é o sentimento de qualquer pessoa que passe por essa situação de ser acusado de alguma coisa que você não fez. Estou indignado, mas mais tranquilo, porque sei que não sou sócio oculto da empresa e não há dinheiro público envolvido".