Confirmada a pré-candidatura do vereador Júlio Kaminski (PSDB) ao Paço Municipal pelo Democratas (Dem), as conversas para a formação de uma possível chapa avançam nos bastidores. Kaminski esteve no Programa Adelor Lessa desta quinta-feira, 23, na Rádio Som Maior, e falou sobre a reunião que teve na quarta-feira com os possíveis futuros correligionários. O vereador confirmou os convites aos vereadores Edson Paiol (PP) e Ademir Honorato (MDB) para ingressarem no Dem.
Kaminski evitou falar na possível aliança com o MDB, ventilada nos bastidores devido à relação com o médico Alisson Pires, um dos nomes cotados pelos medebistas na corrida pelo Paço.
" A questão partidária tem que avaliar no momento oportuno. O Alisson é uma pessoa maravilhosa, extremamente correta. Ademir e Paiol também. Me sentiria honrado de ter os dois no Dem, mas não depende de mim. Se tiver a oportunidade, por que não?", disse o vereador. Paiol esteve no lançamento da pré-candidatura, enquanto Honorato estaria presente, mas teve que se ausentar de última hora por outros compromissos.
Kamisnki explicou os bastidores da escolha pelo Dem para concorrer à prefeitura. Com o desgaste no PSDB, evidenciada em votações na Câmara em que bradou contra propostas enviadas pelo executivo, o vereador manteve contato com várias siglas, mas priorizou pela que desse a chance de concorrer na chapa majoritária.
"Tivemos conversas com várias siglas e pessoas. O Dem parece nos dar a melhor alternativa, permite fazer o nosso trabalho. Um trabalho de muita seriedade e honestidade. Não tenho como ignorar ou descartar um partido que tem me dado todas as condições de disputar uma eleição. Eu acredito nos Democratas, mas acima de tudo está a minha forma de trabalhar"
Desgaste no PSDB
Nos projetos enviados pelo executivo ao legislativo em regime de urgência no fim do ano passado e começo deste, Kaminski foi um dos vereadores mais exaltados na oposição, inclusive com bate-boca público com o líder governista na Câmara, Aldinei Potelecki (Republicanos). O vereador falou sobre o desgaste com o PSDB, partido do prefeito Clésio Salvaro.
"Talvez eu tenha participado em mais de 95% de apoio dos projetos encaminhados para a Câmara. Mesmo não sendo líder, subi na tribuna para defender os projetos, mas também questionei aqueles que entendi não serem próprios para o momento ou que eu não estava de acordo. Fica difícil trabalhar quando o projeto primeiro chega na Câmara e depois você tem o conhecimento. Não tem como participar de um projeto que você não está inserido. Se não tem essa oportunidade, tem que construir do seu jeito. Faltou apoio e comunicação", disse.
Kaminski também cutucou a gestão Salvaro e falou sobre o seu projeto para a cidade, enquanto pré-candidato. "Uns preferem fazer asfalto, outros preferem tratar as pessoas com mais humanização. Vamos agradecer o que foi feito pela cidade, mas vamos apresentar alternativa de desenvolvimento e resgatar Criciúma a seu patamar, que a cidade seja destaque e vista a nível nacional. Geração de emprego talvez seja hoje uma das maiores carências, falo isso porque atendo essas pessoas", concluiu.