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"A confiança se quebrou. Rompeu-se uma relação”, diz Kaminski sobre o PSL

Vereador anunciou desistência da candidatura a prefeito e que deixará o partido nos próximos dias

Denis Luciano / Marciano Bortolin Criciúma - SC , 05/06/2020 - 17:12 Atualizado em 05/06/2020 - 18:56
Fotos: Marciano Bortolin / 4oito
Fotos: Marciano Bortolin / 4oito

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O vereador Júlio Kaminski (PSL) anunciou na tarde desta sexta-feira, 5, que está desistindo de concorrer a prefeito. Ele alegou razões partidários e informou inclusive que, nos próximos dias, estará encaminhando sua desfiliação ao Partido Social Liberal (PSL).

Com isso, permanecerá independente na Câmara até o fim do mando e não concorrerá às eleições de outubro. Deverá oferecer apoio aos candidatos do PSL e do Democratas, que o ajudou a recrutar na montagem da nominata dos últimos meses. “Nunca vi na minha vida, um pré-candidato não participar da executiva. E pior, um vereador, em que pese eu ter vindo de outro partido, nesse momento a sigla que me acompanha é o PSL”, falou Kaminski ao demonstrar tristeza e indignação ao ser destituído da presidência do partido e da executiva. 

Kaminski comentou ainda que uma das alegações dos integrantes da executiva é por ele ser relator de uma CPI da Afasc na Câmara. "Eu não sou relator, sou secretário", salientou.

“Vou verificar”

“Vou verificar”. Esta é a mensagem que o presidente do PSL estadual, deputado federal, Fábio Schiochet ao ser questionado pelo vereador sobre a situação envolvendo o partido em Criciúma. “Isso foi na terça-feira. Hoje é sexta-feira e esta verificação ainda está acontecendo”, comentou o vereador ao revelar que não recebeu mais nenhum retorno. Ele disse ainda que o acordo era ele permanecer como presidente do PSL até julho. 

Além disso, ele relatou que o governador, Carlos Moisés da Silva, que é do partido, sabe o que está acontecendo na cidade. “A confiança se quebrou. Rompeu-se uma relação”, salientou.
Kaminski almejava já há um bom tempo a candidatura a prefeito, tanto que, por conta disso, rompeu com o PSDB - partido do prefeito Clésio Salvaro. Sem Kaminski, projeta-se o nome do advogado Jefferson Monteiro, que integra a executiva do PSL, como possível pré-candidato à Prefeitura de Criciúma. 

Outro nome de destaque do partido em Criciúma, que poderá ser uma alternativa para a eleição majoritária, é do suplente de vereador Alisson Pires que há poucos dias havia sido nomeado presidente do PSL criciumense no lugar de Kaminski.

Além de Kaminski, o PSL tem Edson Paiol do Nascimento como em Criciúma.

Por divergências partidárias, Kaminski anuncia desistência da candidatura à Prefeitura

Projetos engavetados. Por enquanto

Kaminski lembrou que sempre disse não ter intenção de concorrer à reeleição como vereador e vem há pelos menos três anos planejando a candidatura ao Paço Municipal. “Eu passei três anos construindo uma eleição. Digo isso porque têm pessoas que me acompanham desde o início. Com dificuldades, sem dinheiro, com bastante trabalho, agregando pessoas sem pedir um centavo para participar do processo. As 30 pessoas que participam conosco como pré-candidatos, nenhum deles pediu um centavo. Por que acreditam na alternativa, na mudança, que precisamos renovar. O fiz nestes três anos foi cumprir o meu mandato e criar uma alternativa real de mudança. Criciúma é uma cidade tão importante. Perde o Kaminski. Perdem os candidatos a vereador. Perde a cidade com o debate, com as propostas. Não tem condições de ficar em um lugar onde a confiança foi quebrada”, concluiu.

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