Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, esteve em Santa Catarina para articulações políticas. E cravou: o partido terá candidato próprio em Santa Catarina para o governo do estado.
Segundo Kassab, "temos quatro pré-candidatos: Raimundo Colombo, Adeliana Dalpont, Napoleão Bernardes e João Rodrigues". A reunião do partido aconteceu na capital. "Santa Catarina está dando exemplo para o país dentro do PSD. O partido aqui está preparado para ter um bom candidato, vamos chegar à melhor situação possível em termos de propostas e diretrizes nos próximos meses", detalhou.
O apresentador Adelor Lessa chamou a atenção para o fato de Adeliana, citada por Kassab, ser da região Sul. "Ela começou a vida pública como secretária de Saúde de Araranguá, e depois alçou voos maiores, sendo prefeita de São José, na Grande Florianópolis. E é natural da região (Adeliana é de Timbé do Sul)", disse Lessa.
O jornalista Upiara Bosch questionou Kassab, em entrevista, sobre a composição com Jair Bolsonaro, a declaração de apoio ao presidente que tem sido afirmada por João Rodrigues, já que o partido terá também candidato próprio à presidência. Segundo Kassab, o candidato do partido será o senador Rodrigo Pacheco. "O PSD estará com Rodrigo Pacheco. Mas, claro que se João Rodrigues for o nosso candidato, os seus eleitores, em grande parte, poderão até votar em Bolsonaro. Mas o partido está com Pacheco, e esta será a posição", disse Kassab.
Para Upiara, "a impressão é de que ao seu estilo, Kassab deu a narrativa de não tolerar palanque duplo. João Rodrigues disse em sua manifestação que é eleitor de Bolsonaro e acha que o projeto tem que ser com ele, divergindo de Kassab. João Rodrigues declarou que será candidato, mas se não for causar um problema para o partido. Ele está muito animado, tem adesão muito forte no Oeste, mas a narrativa partidária, o norte que Kassab dá, falando-se, por exemplo, de uma chapa com Colombo e Adeliana de vice, com Napoleão ao Senado, demonstra essa divergência", comentou. "Diferentemente do que acontece no MDB, acontece no PSD. Se viesse o presidente nacional do MDB aqui, ele não resolveria essas questões de governo estadual. O PSD é diferente, não está acostumado a fazer a disputa interna abertamente, ela é decidida em algumas conversas, como essa que teve Kassab", finalizou Upiara.