O retorno na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o governador Carlos Moisés (PSL) pode receber uma CPI. Em entrevista à Rádio Som Maior no dia 16 de janeiro, o deputado estadual Ivan Naatz (PV) disse que o governador tinha que "parar com a baladinha na Agronômica". Nessa linha, o deputado Kennedy Nunes (PSD) propõe a criação da "CPI da Balada" para avaliar os gastos do governador na residência oficial.
De acordo com Kennedy, amigos do governador estariam toda a sexta-feira na Agronômica e Moisés teria pedido adiantamento de R$ 150 mil para os custos da residência.
"Amigos do governador de Tubarão, parece que toda a sexta-feira estavam com ele na Agronômica. Entre esses amigos, uma mulher publicou uma foto com a seguinte frase: 'hoje estamos na balada da Agronômica'. Já que foi publicada essa festa com dinheiro público, nada mais justo do que a gente verificar como estão gastando", disse Kennedy ao Programa Ponto Final.
Ainda de acordo com Kennedy, o governador teria solicitado R$ 400 mil em compras, de janeiro a agosto, de dois itens que são sigilosos na prestação de contas. O deputado alega que Moisés trai o eleitorado, descumprindo a promessa de campanha de não usar a residência oficial do governador.
"A prática está sendo diferente. Além de quebrar a palavra que deu enquanto estava com o presidente Bolsonaro, parece que quando ele trai o presidente, ele pratica a velha política. Além de mentir ao povo, baseia-se em uma lei que tem dois itens secretos nos gastos da casa", ataca Kennedy, que deve trocar o PSD pelo Aliança Pelo Brasil, futuro partido de Jair Bolsonaro.
"Dizem que as festas são costumazes, todas as semanas. Temos que aprofundar, mas dizem que há espaço na Agronômica para fazer cerveja artesanal. Vamos ter que fazer uma CPI, residência oficial não é casa de veraneio ou de festas para o mandatário", acrescenta.
O deputado precisa de 14 assinaturas para dar entrada na CPI.