Em vigor a partir do segundo semestre deste ano, a Nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) provoca muitas dúvidas entre os empreendedores. A nova demanda exige transparência no uso dos dados das pessoas físicas em quaisquer meios. Esta lei chega para alterar a Lei 12.965, de 23 de abril de 2014, popularmente chamada de Marco Civil da Internet que regulava estas transações até então.
Em Braço do Norte, a indústria Áurea Alimentos já desenvolveu iniciativas a fim de evitar maiores problemas. Mesmo ainda com dúvidas sobre todo o processo, o primeiro passo foi a adequação do sistema de gestão da empresa. "Buscamos otimizar e criar novas ferramentas no sistema ERP para evitar maiores inconvenientes com a Lei Geral de Proteção de Dados", pontua o gerente de TI da indústria, Douglas Felippe. Reuniões internas de esclarecimento também são realizadas para informar os colaboradores diretamente envolvidos. "Criamos um padrão para formatar esta regulamentação junto à equipe interna", complementa Felippe.
Cocriação
O processo de regulamentação em indústrias de pequeno, médio e grande porte também passa pela assessoria de profissionais terceirizados. Segundo o gerente de TI, a cocriação é fundamental. "Como temos dúvidas quanto ao processo, aproveitamos a consultoria de gestores de qualidade e da própria assessoria jurídica para buscar informações e saber como se adaptar perante às novas exigências", explica.
Para o advogado Francisco Manoel da Silva, uma série de cuidados devem ser posto em prática com intuito de evitar o vazamento de informações. "As indústrias, assim como outras empresas, lidam com dados essenciais de muitos clientes. Medidas contundentes devem ser adotadas para evitar maiores exposições", aponta o jurista.
Apesar das precauções, o cenário ainda é desafiador para cada segmento. "Dentro do mercado alimentício, estamos estudando e aguardando definições de como se portar com a nova LGPD. Pequenos passos já foram concedidos para nos precavermos", finaliza Felippe.