O ainda secretário de Desenvolvimento Econômico de Santa Catarina, Lucas Esmeraldino, deixará o cargo, de mudança para Brasília. Ainda "200% Jair Bolsonaro", declarou-se também um "soldado de Moisés" e assumirá cargo na secretaria executiva de Articulação Nacional do governo catarinense na capital do país.
No último domingo, 24, Lucas agitou os bastidores já tumultuados da política de Santa Catarina, ao anunciar a desfiliação do PSL, partido no qual coordenou a campanha no Estado em 2018 e concorreu ao Senado. Especulou-se que Esmeraldino deixaria a pasta do Desenvolvimento Econômico, o que foi confirmado.
"Cumpri a minha missão, o dever foi cumprido. Continuo 200% de apoio ao nosso presidente Jair Bolsonaro, nunca deixei de apoiá-lo. Me sinto mais à vontade nesta nova missão de fazer articulação política nacional e estadual", afirmou Esmeraldino à Rádio Som Maior, nesta terça-feira.
O secretário creditou a saída do PSL a cobranças que vinha sofrendo da população. "Vi um vídeo de um cidadão de Orleans bem agressivo, citou palavrões sobre minha pessoa, achando que ainda tenho alguma ação sobre o PSL. Faz quase um ano que não faço parte da eletiva estadual ou municipal, apenas estava filiado ao partido. Isso fez com que eu tomasse a decisão de ter saído do PSL e ficado sem partido", alegou.
Servente a Bolsonaro, Esmeraldino não cogita nova filiação, enquanto o Aliança Pelo Brasil, novo partido anunciado pelo presidente no ano passado, engatinha e não sai do papel. "O Aliança não está pronto. Posso errar, mas tem a quantidade baixa de assinaturas. Minha trajetória é ir onde o próprio Bolsonaro vai, quem disse que ele vai para o Aliança? Hoje estou confortável de ficar sem partido", disse Lucas.
"Sou um soldado do Moisés e do presidente. O que passar de missão estou à disposição, quando me dão a missão eu vou cumpri-la. No início do mandato já se cogitou eu estar em Brasília e achamos que é um momento que eu deveria estar lá", acrescenta.
Esmeraldino declarou tranquilidade quanto à investigação do MP-SC, Gaeco, Polícia Civil e TCE à compra dos respiradores mecânicos, em contrato fraudulento de R$ 33 milhões com uma empresa carioca, a Veigamed. Os ex-secretários Douglas Borba e Helton Zeferino estão na reta da CPI criada na Alesc e devem ser os próximos ouvidos na Assembleia.
"Cada um tem seu CPF e cuide do seu. Governador não tem político de estimação, já abriu as portas do governo assim que as denúncias chegaram, o que acredito que nunca aconteceu no governo antes. Quem tiver coisa envolvida que cumpra a penalidade que couber. Muita transparência e serenidade das ações. Cada um cuida do seu CPF e é assim que o Jair (Bolsonaro) faz com sua família", concluiu Esmeraldino.