Depois de ouvir os primeiros depoimentos na última quinta-feira, os deputados que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a compra de 200 respiradores que custaram R$ 33 milhões pagos de forma antecipada pelo Estado, voltam a se reunir nesta terça-feira, 19.
Prestarão depoimentos: a gerente de Contratos e Licitações da Defesa Civil, Janaína Silveira dos Santos Siqueira; o servidor da Defesa Civil, Carlos Eduardo Besen Nau; a consultora jurídica da Defesa Civil, Débora Regina Vieira Trevisan, a técnica em atividades administrativas da Secretaria de Estado da Comunicação, Iná Adriano de Barros e o representante legal do Instituto Nacional de Ciências da Saúde, João Gilberto Rocha Gonçalves. Por morar em São Paulo, este último será ouvido por videoconferência.
Na semana passada foram ouvidos: o chefe da Defesa Civil do Estado, coronel BM João Batista Cordeiro Junior; o ex-secretário-adjunto da Casa Civil Mateus Hoffmann; o advogado Leandro Adriano de Souza; a diretora de Gestão de Licitações e Contratos da Secretaria de Estado da Administração, Karen Sabrina Bayestorff Duarte; e a advogada Mariana Rabello Petry.
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Na avaliação do relator da CPI, o deputado Ivan Naatz (PL), o primeiro dia de depoimentos foi dentro do esperado; o objetivo das oitivas era entender como funcionava o sistema de compras emergenciais na Defesa Civil, sem licitação, em meio à pandemia do coronavírus. Também foram chamados a depor pessoas apontadas como do círculo de Douglas Borba, principal alvo do inquérito. "O objetivo foi de compreender como funcionou o sistema de compras dentro da secretaria da Defesa Civil, o trânsito de pessoas estranhas dentro da Defesa Civil e de ouvir agentes diretamente ligados a esse processo. Como o coronel João Batista e principalmmente o advogado Leandro de Barros, que coincidentemente representou as três empresas envolvidas no processo e que é amigo íntimo de Douglas Borba", disse Naatz à reportagem do Portal 4oito na manhã desta sexta-feira.
Em depoimento, Leandro de Barros negou que teria amizade com Douglas Borba, apesar de conhecê-lo da política de Biguaçu e de ter havido aproximação da família com o ex-secretário da Casa Civil nos últimos tempos.
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