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Mais de 3 mil páginas nas mãos do relator

Vereador Ademir Honorato recebeu a documentação da CPI do Criciumaprev. Ele entregará o relatório na sexta-feira

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 22/07/2019 - 15:39 Atualizado em 22/07/2019 - 15:42
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"É muito papel", confirmou o vereador Ademir Honorato (MDB) ao se ver diante dos documentos entregues a ele na tarde desta segunda-feira, 22, em mais uma etapa da Comissão de Inquérito do Criciumaprev, que vem nos últimos meses investigando os pagamentos e relações entre a prefeitura e o fundo de Previdência do município. Honorato, relator da CPI, recebeu mais de 3 mil páginas de relatórios.

"Mas muitos desses relatórios contam com resumos, feitos pelos especialistas. Não há necessidade de ler tudo. Pedi que os documentos fossem digitalizados pela nossa assessoria jurídica e feitos pareceres, nos quais vou me embasar para a redação do relatório final", confirmou o vereador. 

Os precatórios no caminho

Na semana passada foi entregue ao jurídico da Câmara a documentação apontada recentemente pelo vereador Aldinei Potelecki (PRB), líder do Governo Salvaro na Câmara, um documento que prometia mudar os rumos da CPI. Potelecki adiantou que o município tinha um documento informando que recursos apontados na investigação como disponíveis para pagar o Criciumaprev estavam, na verdade, comprometidos com precatórios. "A própria procuradora (Ana Cristina Yousseff) nos informou que o município havia oferecido, em um processo judicial para pagamento de precatórios, aquele valor que o município recebeu em meados de 2017, cerca de R$ 24 milhões, o município ofereceu como garantia de pagamentos de precatórios em uma ação judicial", informou o vereador.

Esses documentos que chegaram por último já foram digitalizados e encontram-se em fase final de análise pelo jurídico do Legislativo. "Eu pedi esse parecer de quem entende. Não sou jurista, não sou advogado, conto com esse aval técnico para incluir no relatório final", apontou Honorato. Somente esse conteúdo conta com mais de 1,9 mil páginas.

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O relatório será entregue na sexta-feira, 26, para ser posteriormente submetido ao plenário. "Vamos encaixar o que disse o Ministério Público e o que apuramos nas oitivas, e vamos fazer dentro da lei. Quem julga são os juízes, eu não sou juiz. Quem manda prender é a polícia, eu não sou a polícia. Sou um vereador que vai agir com esmero, dentro da lei e sem fugir uma linha da lei. Não vou puxar tendência, nem pra lá, nem pra cá", garantiu o relator.

A opinião do presidente

Em recente entrevista à Rádio Som Maior, o presidente da comissão, vereador Julio Kaminski (PSDB), disse que a investigação já  havia configurado improbidade administrativa. "Você deixa de cumprir os compromissos e passa a ser um ato de improbidade", comentou.

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"Eu não ouvi a entrevista. Foi muito comentado, vários vereadores comentaram, o prefeito comentou, a mídia. Eu respeito a ideia de um e de outro, se é ou não é, é opinião do vereador. Vou respeitar a opinião dele, como foi de outros, achando que errou ou não. Quero ter a paz essa semana para não falar qualquer coisa que possa criar um fato, que eu pudesse colocar o carro na frente dos bois. Quero fazer o certo, o justo, o digno", rebateu Honorato. "Se o Julio quis me influenciar, todos os demais que comentaram também. Influenciar a quem? A mim, não", concluiu.

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