A arrecadação de R$ 443,6 mil no leilão de 31 veículos foi mais uma boa notícia na recuperação judicial da Criciúma Construções. "Foi um sucesso. Agora o processo segue seu curso normal, estão sendo feitos os pagamentos pelos arrematantes, os quais tem um prazo para objeções, não havendo óbice a esses arremates e os pagamentos sendo efetuados, saem as cartas de arrematações para que eles possam usufruir do bem arrematado", explicou o gestor judicial da empresa, Zanoni Elias.
O montante vai ser destinado para pagamentos da Criciúma Construções. "Os valores ficam depositados nos autos da recuperação judicial. Tão logo esses recursos e as cartas sejam expedidos, vamos pedir a expedição de alvará para que esses recurso cumpram os compromissos operacionais da empresa, pagamentos de verbas trabalhistas que estão em vencimento e compor o caixa operacional da empresa para satisfazer os compromissos cotidianos", detalhou.
Existe um regramento estabelecido pela própria recuperação para ordenar os pagamentos. "Os pagamentos para os credores devem seguir o plano de recuperação judicial, prevendo o pagamento das trabalhistas em até doze meses. Os compromissos do dia a dia estão em dia, pagamos todos os fornecedores, os operacionais da recuperação judicial, que não estão inclusos, e os que estão inscritos na recuperação, o pagamento é conforme prevê o plano", comentou.
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A volta do proprietário
Todo o processo é uma preparação para a volta ao comando do proprietário, o empresário Rogério Cizeski. "O proprietário da empresa, que estava afastado, ele tem frequentado a recuperanda com a autorização da Justiça. Tão logo encerre a recuperação judicial ele assumirá o comando definitivo das empresas. Ele participa de forma consultiva, não tem poder de decisão, a decisão passa pelo gestor judicial. O processo já está maduro, estamos preparando ela para encerrar a recuperação judicial e ele assume o comando pleno", recordou Elias.
O gestor não prevê prazos, mas estima uma conclusão em breve. "É um processo com algumas particularidades que o caso exige. São mais de 30 mil páginas de processo, são três empresas. O que dá para prever é que em curto prazo deve ser encerrado. Tão logo o administrador judicial consolide o quadro geral de credores a recuperanda vai solicitar o pedido de encerramento da recuperação judicial, fato esse que não impede a exigência do cumprimento do que está no plano, sob pena de algum credor pedir a falência da Criciúma Construções", completou.
No último dia 9 veio a público a notícia de que Rogério Cizeski está condenado a oito anos e vinte dias de reclusão em regime fechado, com direito a recurso em liberdade.