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"Márcia Pauli foi usada como boi de piranha", afirma diretor de licitações da Saúde

Coronel Carlos Campos Maia disse que decisões da compra dos respiradores partiram do secretário Helton Zeferino

Por Heitor Araujo Florianópolis - SC, 21/05/2020 - 15:05 Atualizado em 21/05/2020 - 15:06
Foto: Reprodução
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O diretor de licitações e contratos da secretaria da Saúde, coronel Carlos Campos Maia, inocentou a ex-superintendente de Gestão Administrativa da secretaria de Saúde, Márcia Pauli, da compra dos respiradores mecânicos. De acordo com o coronel, irregularidades que vieram de cima colocam na mira da investigação demais servidores. "A Márcia foi usada como boi de piranha", declarou. 

"A culpa é de quem estava acima dela, o secretário e o adjunto da Saúde. Não sei o que eles conversavam, só participei de uma reunião na Defesa Civil, quando Helton pediu a exoneração, para tratar da contratação de leitos nos hospitais privados. A Márcia era superintendente, esforçada e trabalhadora. Ela trabalhava 18 horas por dia, ela não sossegava. Por causa de decisões equivocadas tomadas lá em cima, eu e outros colegas estamos respondendo por isso".", disse.

O coronel afirmou que as irregularidades apontadas no contrato com a Veigamed deveria ter sido flagrada pela assessoria jurídica da Saúde. Seu setor, de licitações e contratos, apenas repassava o parecer que vinha da área jurídica. 

"Temos um filtro chamado assessoria jurídica. Se quem entende de direito devolve para a minha assessoria e diz que o processo pode seguir adiante, eu encaminho o processo ao meu superior. Quando o processo adentra minha diretoria, a gente encaminha à assessoria. Não havendo ressalva, ele segue adiante", disse.

"Recebi ordens apra que fizesse a dispensa de licitação. Foi analisado por um assessor jurídico e quando ele me dá o aval de que posso seguir com o documento, encaminhei ao secretário. Quando o secretário e a assessoria decidem eles mesmos captarem os orçamentos, não competia a mim questionar. Não sei o que e com quem eles falaram e acordaram. Veio para mim o processo e nós executamos", acrescentou. 

Para o diretor, houve omissão dos órgãos de controle nos contratos emergenciais em meio à pandemia. "Teve alguns momentos em que tentou-se fazer reuniões com vários órgãos, MP, CGE, TCE. Ficou no campo das ideias, efetivamente aquilo não aconteceu. Os órgãos não enviaram pessoas para nos auxiliar. Parecia que preferiam ficar do lado de fora observando. Na reunião que participaram conosco falaram em apoiar, mas efetivamente não veio ninguém", aponta.

O coronel também afirmou que houve grande aumento dos preços dos equipamentos em meio à pandemia. "Concordo que houve equívoco e não deve ocorrer. Ressalto, no entanto, que se os órgãos de controle estivessem mais presentes, isso talvez não tivesse acontecido. Quem comandava era o secretário Helton, em última análise ele que tomava a decisão. O adjunto também tinha força, possivelmente era um dos que assessorava o Helton", concluiu Carlos Campos Maia. 

Tags: respiradores

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