Estamos passando pelo “Julho Amarelo”, mês dedicado ao combate as hepatites virais. Por outro lado, pacientes que necessitam iniciar o tratamento contra esta doença via saúde pública são impedidos. O problema vem acontecendo desde fevereiro e não existe expectativa para o fim. A origem é a falta de medicamentos repassados pelo Ministério da Saúde.
“Estamos com uma dificuldade mesmo, desde o mês de fevereiro a gente não recebe mais medicamentos para novos tratamentos da Hepatite C. É a primeira vez que falta medicamento desde dezembro de 2015, que foi o início desse novo protocolo do Ministério da Saúde”, explicou a farmacêutica responsável da vigilância Epidemiológica de Criciúma, Rubia Bresciani.
De acordo com a farmacêutica, a falta é geral. O tratamento contra a hepatite dura entre 12 e 24 semanas, não podendo ser interrompido. Os pacientes que já haviam iniciado o procedimento antes de fevereiro conseguiram dar seguimento. Somente em Criciúma, mais de 50 pessoas aguardam os medicamentos.
“Tem alguns insumos que estão no protocolo do Estado e outros no do Ministério da Saúde. Esses da hepatite, eu estarei tratando amanhã no Ministério da Saúde, não são só estes que estão em atraso. Na quarta-feira (18) queremos dar melhores informações. O Estado distribui, mas é responsabilidade do Ministério da Saúde”, disse o secretário de Estado da Saúde, Acélio Casagrande.