Deputado da base aliada de Carlos Moisés (PSL), Rodrigo Minotto (PDT) respondeu aos ataques que o deputado estadual Ivan Naatz (PL) fez ao governador. Em entrevista à Rádio Som Maior na quinta-feira, 16, Naatz disse que o governador tem que esquecer os tempos de quartel e acabar com as "baladinhas" na Agronômica, residência oficial do governador de Santa Catarina.
"O deputado, dentro da legitimidade como de oposição, tem o direito de apresentar a leitura sobre o atual governo. Ele trata o poder público dessa forma, eu tenho uma visão diferente, não por fazer parte da base, mas por entender que temos um governador que atua fazendo bom uso do dinheiro público. É um governo que veio para o Sul de Santa Catarina e trouxe os investimentos que a sociedade reivindicava", respondeu Minotto.
Naatz também criticou a forma como Moisés vem conduzindo os debates na Alesc, com medidas através de atos administrativos, como o caso do aumento do salário dos procuradores do Estado que fundamentou o pedido de impeachment, feio pelo defensor público Ralf Zimmer Júnior. O opositor disse que o "governo sangra aos poucos. Ninguém vai tirar o governo por causa disso (decreto do aumento de salário), mas as coisas vão acontecendo, como aconteceu com a Dilma".
Para Minotto, a Alesc exerce um papel importante para o Estado, inclusive com a aprovação por unanimidade de reformas enviadas pelo executivo. Anteriormente, o pedetista havia evitado falar sobre o pedido de impeachmente de Ralf Zimmer Júnior, mas em entrevista ao Programa Adelor Lessa desta sexta, disse que não acredita que o caso avance na Alesc.
"Cabe à Assembleia avaliar a partir de fevereiro, se isso foi ou não devidamente legal. Não vou entrar nesse mérito nesse momento, porque temos coisas muito mais importantes para discutir. Não vejo prosperar essa denúncia, tendo em vista que não houve nenhum crime de responsabilidade. Seria se não houvesse por parte do governo o cumprimento de uma ação judicial com trânsito em julgado. Há confusão do próprio denunciante. Não se discute decisão judicial, se cumpre", concluiu Minotto.