Conselheiro vitalício, o ex-presidente do Tigre, Moacir Fernandes, esteve no pátio do Heriberto Hülse na última quarta-feira, 21, para votar na mesa diretora do Conselho Deliberativo. Após um processo eleitoral turbulento, Fernandes pediu união no clube para relançar o Tigre no cenário nacional.
"Precisa todo mundo estar unido, todo mundo sabe que é difícil manter o clube, é importante que todos estejam unidos, participando e ajudando, de uma maneira ou de outra, para que o clube volte a ser o que foi", afirmou Moacir Fernandes à reportagem.
A eleição para as cadeiras transitórias do Conselho Deliberativo, bem como para a mesa diretora, ficou marcada por dois grupos opostos, com muitas brigas nos bastidores. Questionado sobre a turbulência interna, Moacir Fernandes voltou a pedir a união de todos os grupos.
"Tem que haver união, não adianta uma turma puxar para um lado e a outra puxar para o outro que não vai a lugar nenhum. São períodos transitórios. O importante é, seja quem for o nome (no Conselho), que todos apoiem para que as coisas deem certo".
Foi eleito presidente do Conselho Deliberativo até 2025 o advogado Guilherme Búrigo, da chapa Revigoração. Segundo Feranandes, trata-se de um bom nome para harmonizar a vida política dentro do Tigre.
"Terá dificuldades que sempre o presidente do Conselho teve. Esperamos que ele consiga harmonizar, é um bom nome, tem experiência de trabalho e espero que ele realmente conduza procurando harmonizar todo mundo", ressaltou o ex-presidente do clube.
Presidente na maior conquista da história do Tigre, a Copa do Brasil de 1991, e de outros títulos importantes, Moacir Fernandes lamentou o momento vivido pelo clube nos últimos anos, especialmente com o rebaixamento no Campeonato Catarinense.
"Uma hora teve-se dinheiro e não teve orientação de futebol. Outra hora foi o contrário. Uma coisa puxa a outra. Você tem que fazer investimento, se não fizer não tem retorno. Esperamos que isso aconteça", analisou Fernandes.
"O Criciúma tem que primeiro pensar em voltar à Série B, porque aí tem sustentação própria. Segundo é não endividar, manter os impostos em dia. Não se pode endividar clube hoje e tem uma série de opções que podem mudar. Esperamos que o Criciúma volte rapidamente à Série B, é o ponto de sustentação do clube", concluiu.