Em breve, os sete candidatos a prefeito de Criciúma terão em suas mãos mais sugestões para os quatro anos de governo. O documento foi elaborado por entidades como Associação Empresarial de Criciúma (Forcri), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Fórum das Entidades de Criciúma (Forcri), entre outros.
O presidente da Acic, Moacir Dagostin, diz que os núcleos da Acic foram chamados para dar as opiniões e a CDL e o Forcri levantaram vários dados. “Também criamos uma comissão com um grupo de empresários para compilar. Não é um plano, são sugestões simples. O que vamos sugerir não é só a voz do empresariado, mas também a voz do povo de Criciúma e não precisa de muito dinheiro para implantar. Algumas coisas simples que nós pensamos.
Primeiramente, aponta Dagostin, se pensou nas ações voltadas ao desenvolvimento econômico. “Inicialmente pensamos na parte empresarial. Por exemplo, pensamos em quanto tempo faz que não se implanta um distrito industrial em Criciúma? Quanto tempo faz que a gente não consegue atrair novos investimentos para a cidade? O que estamos oferecendo para que uma venha para cá, a burocracia. O empresário fica às vezes seis meses atrás de documentos, quando nós entendemos que a prefeitura deve ter um banco único, que quando eu chegar, ela tem que estender um tapete vermelho ao empreendedor, porque sabemos a dificuldade de ser empreendedor. Onde está a Unesc, a Satc, o Anel Viário, tem que ser um polo de inovação e tecnologia. O município tem que buscar estas novas vocações”, falou em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior.
Outro ponto destacado é o término do Porto Seco, obra debatida desde os anos 1990. “Mesmo sendo privado, o comandante municipal tem que chamar as pessoas ir atrás para resolver aquele assunto, transformar em um distrito industrial. A prefeitura precisa estar junto, com incentivos”, citou.
Crescimento industrial que reflete no comércio
A presidente da CDL Criciúma, Andréa Salvalaggio, destaca que são diversos pontos em comum debatidos pelas entidades e que a atração de empresas reflete positivamente no varejo. “São vários pontos em comum, porque se vem uma indústria para cá, gera mais renda e o comércio se fortalece. É para a cidade. O que o novo prefeito precisa entender é que ele tem que puxar. Porque isso é o que acontece com as entidades. Criciúma puxa as CDLs da região. Acic puxa as associações da região. Somos a principal cidade e o prefeito vai ter que puxar os municípios vizinhos. Se não tem área para receber empresa em Criciúma pode montar em uma cidade vizinha. O comércio se desenvolve muito rápido. Se tem dinheiro, as lojas abrem. O poder público tem que nos ajudar, entender que esse e o viés para a cidade conseguir alcançar melhorias”, enfatizou.
Uma política forte de atração e manutenção de empresas é destacado também pelo presidente do Fórum das Entidades de Criciúma (Forcri), André Luiz Santiago de Castro. “Tem muita empresa querendo chegar. Criciúma é um paraíso para as empresas, temos educação forte, a infraestrutura que precisa. Agora precisa de vontade política parta ir atrás e atrair este pessoal. Atraindo empresas, atrai emprego e o desenvolvimento geral para a cidade. Educação básica tem que ter uma força muito grande. Hoje se não tiver uma base forte não se desenvolve”, disse.
Trabalho em conjunto
Para os representantes das entidades, o prefeito de Criciúma precisa ser um líder regional, tendo a obrigação de pensar a Amrec como um todo. “Tem que buscar a integração. Por exemplo, não podemos falar somente em sistema de transporte de Criciúma. Na reciclagem do lixo, não temos uma usina de reciclagem que gere energia, e regional. Criciúma gera hoje 60% do lixo e depositamos em um município vizinho. A Amrec tem que estar mais unida e buscar soluções para o lixo, o transporte, a educação”, enfatizou.
Na mobilidade, diversas sugestões integram o documento e algumas são destacadas por Dagostin. “A sincronização dos semáforos que é uma cosia simples, o reforço na sinalização de trânsito, a conclusão do Anel Viário que da forma que está hoje não tem nenhum projeto para finalizar. Tem que mudar o projeto, mas quem está indo atrás disso? Revitalização de calçadas. Todos os dias percebemos esta discussão. Temos ainda as ciclovias”, lembrou.
Andréa recordou que há projetos que podem sair da gaveta. “Dá para tirar da gaveta alguns projetos, não estou dizendo que é o melhor, mas dá para pensar. Pensar a cidade como um shopping. Saber vender a cidade, o que tem em Criciúma. Tem que sair para vender a região e pensar como um todo, que todo mundo ganha”, pontuou.
Castro também destacou a transparência na gestão municipal. “Uma das nossas reivindicações é uma maior transparência dos números, uma facilitação para enxergarmos os números”, concluiu.
Confira a entrevista na íntegra: