O governador Carlos Moisés (PSL) poderá ser chamado para ser ouvido na CPI dos Respiradores, que tem primeira oitiva nesta quinta-feira, 14. A informação foi confirmada pelo deputado Sargento Lima (PSL), presidente da comissão de inquérito. No entanto, não um possível depoimento de Moisés não será nesta semana; o relator Ivan Naatz apontou outros cinco nomes a serem ouvidos nesta quinta. Porém, a comissão aprovou os nomes de Moisés e dos ex-secretários Helton Zeferino e Douglas Borba a serem ouvidos no futuro.
A previsão de Sargento Lima é de concluir a apuração em até 60 dias. O prazo estipulado pelo relator, o deputado estadual Ivan Naatz (PL) para a entrega do relatório, ficou para o fim de junho. Moisés vive situação delicada na Alesc: tem contra si dois pedidos de impeachment e uma CPI que pode atingi-lo, apesar do Ministério Público apontar que não há indícios de participação do governador na compra superfaturada de respiradores mecânicos.
Até o momento, o principal alvo da CPI é o ex-secretário da Casa Civil Douglas Borba, exonerado do cargo no último domingo. Borba foi apontado como o indicador da empresa carioca Veigamed - sem expertise na venda de respiradores - pelo ex-secretário da Saúde, Helton Zeferino, que deixou o cargo no dia 30 de abril.
Naatz sugeriu cinco nomes a serem ouvidos na próxima quinta. O ex-secretário adjunto da Casa Civil, Matheus Hoffmann; Coronel da Polícia Militar chefe da Defesa Civil, João Batista Cordeiro Júnior; advogada de Biguaçu, Mariana Rabelo Petri; a diretora de gestão e licitação da secretaria de Administração, Karen Sabrina Duarte, para conhecer os trâmites de compra; e o ex-secretário de saúde de Biguaçu e citado nas investigações, Leandro de Barros.
"Não adianta chamar somente aquelas pessoas em destaque, se não colhermos depoimento daqueles que montam a estrutura de uma compra do executivo. Desde as pessoas que participaram do processo de pesquisa de licitação, àqueles que têm o poder de deliberar. Aí sim chegar ao secretário e o próprio governador que foi citado nos requerimentos. Se houver necessidade, ele pode ser chamado", justificou o presidente da CPI, Sargento Lima, sobre os primeiros nomes que devem depor na Alesc.