O Ministério Público (MP) de Criciúma protocolou um documento nesta quinta-feira, 10, pedindo explicações sobre a atuação das autoridades criciumenses durante o assalto à tesouraria regional do Banco do Brasil, ocorrido no dia 1º de dezembro. A ação, protocolada pelo promotor de Justiça Jadson Javel Teixeira, tem como objetivo gerar reflexões e respostas que possam ajudar a aprimorar a estrutura de segurança da região.
“O meu objetivo com a instalação do procedimento, tanto para a Polícia Civil quanto para a Polícia Militar, não é um caça às bruxas ou achar culpados, mas de identificar as falhas e, nesse caso, visar uma reflexão do porquê desta situação, buscando soluções a nível não só de comando mas de Governo Estadual, para aprimorar este tipo de estrutura para que não nos permita passar mais por uma situação como essa”, disse.
No documento, o MP pede que a Delegacia Regional de Polícia e o 9º Batalhão da Polícia Militar apresentem esclarecimentos sobre o evento criminoso ocorrido no município, informem o porquê dos setores de inteligência não terem sido capazes de prever a ação e que relatem a razão pela qual não houve confronto com os bandidos, também no momento da fuga.
“Irei coletar as informações e, dependendo da resposta que vai vir, terá desdobramento para um lado ou para o outro. Estou aguardando as respostas, porque temos dentro das estruturas do estado o sistema de inteligência onde circula informações. Nunca pensamos que estamos na melhor forma de trabalho, mas que sempre teremos algo a melhorar”, pontuou o promotor.
Ao Estado, o MP solicitou dados dos três últimos anos que apresentem informações sobre os efetivos, armamentos e a capacidade das operações das forças policiais estaduais. O documento também pede esclarecimentos sobre quais medidas estão sendo tomadas pela administração pública para que eventos criminosos como o ocorrido recentemente sejam evitados.
“O ideal seria que a Polícia estivesse preparada para agir, chegar fortemente estruturada ou preparada. A decisão do Dimitri [de não entrar em conflito para evitar vítimas na região central] faz sentido. Mas na saída, então, porque não foi feito algo? Não tinha estrutura ou armamento ao altura?”, questionou Jadson.