MPSC reforça críticas a Salvaro após entrevista na Som Maior

A Associação Catarinense do MP se manifestou sobre trecho da entrevista do prefeito Clésio Salvaro que, na última quarta-feira, 7, na Rádio Som Maior, fez duras críticas à promotora Caroline Eller, embora sem citar o nome dela, mas mencionou operações que ela participou. Além da nota emitida pela associação nesta quinta, 8, o presidente da entidade, promotor Marcelo Gomes Silva, falou ao Programa Adelor Lessa nesta sexta-feira, 9.

Confira também - Associação do MPSC condena ataque de Salvaro e se solidariza com promotora

"É normal que o clima esquente, o trecho da entrevista do prefeito que ele cita a promotora foi extremamente infeliz, levantou situações absurdas, o aparelhamento da promotoria com a oposição para suas investigações, isso é de uma irresponsabilidade muito grande", criticou o presidente. "Dra Caroline é uma promotora exemplar, com história de serenidade e responsabilidade, conduz suas investigações de uma maneira muito isenta e nós não podemos compactar com isso. O MP não é isento de críticas, agora quando parte para situações desse nível é bastante complicado, não bastasse esse tipo de acusação o prefeito ainda cita ações judiciais que simplesmente não ocorreram, que não existiram, pelo contrário, teve determinadas investigações da atual administração que a promotora resolveu arquivar", afirmou. "Entendemos que realmente a colega precisava ser defendida e estamos preocupados com esse tipo de ataque que vem sendo constantes", emendou.

O que disse Salvaro

O prefeito foi questionado, na entrevista à Som Maior, sobre as denúncias feitas pelo MPSC citando a Operação Blackout. “Tenho estima pelo Ministério Público, temos bons promotores públicos na cidade, mas lamentavelmente uma que está aparelhando o seu cargo junto com a oposição e isso é muito lamentável. Se somar todas as informações pedidas do Ministério Público e prestadas pelo Município chega a um milhão de páginas. Quando se faz uma denúncia, como a Blackout, depois de um ano tem que ter provas concretas. Na denúncia nada foi encontrado, inconformada a promotora foi ao Tribunal de Justiça que disse que não tem nada. Só que fica colocando na cabeça das pessoas elas passam a ser sinônimo de condenação. É importante ter muita responsabilidade", afirmou.

Ouça a entrevista do presidente da associação dos promotores no podcast: