O clima na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) é de admissibilidade para o impeachment do governador Carlos Moisés, da vice Daniela Reinehr e do secretário de Administração do Estado, Jorge Tasca. Ainda restam quatro sessões ordinárias para que a defesa do governo seja apresentada para que, então, os deputados estaduais elaborem um relatório que irá ao plenário da Alesc.
“A leitura que tenho feito é de que com certeza a comissão vai votar pela admissibilidade do processo. Ainda tem que esperar a resposta, porque a decisão é baseada também em cima da resposta do governador, da vice e do secretário. Depois, os deputados terão cinco semanas para poder definir os trabalhos e apresentar o relatório”, declarou o jornalista e comentarista político da Rádio Som Maior, Marcelo Lula.
A admissibilidade ou não do impeachment de Moisés, Daniela e Tasca será votada no plenário da Alesc. O governador precisa de 27 votos para que a situação fique ao seu favor mas, apesar disso, o clima dentro da Assembleia se mostra contrário. “Acho que terão 32, 33 votos pró admissibilidade, mais do que o necessário para o pedido de impeachment”, disse Lula.
De acordo com o atual rito do processo, caso haja a admissibilidade do pedido, a votação deverá ainda para um tribunal misto composto por cinco deputados e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça. A etapa, no entanto, ainda é incerta, já que a defesa do governador visa fazer alterações no rito.
“O clima hoje é de impeachment. É só o governador começar a sair às ruas, vai sentir o quanto o clima é favorável ao processo. A população sente isso e, na Alesc, o clima também é muito forte pró-impeachment”, ressaltou o jornalista.