O corte das antigas árvores presentes na Praça da Chaminé, realizado neste final de semana pela prefeitura municipal de Criciúma, causou estranhamento e indignação por parte de alguns moradores da cidade. Apesar da “polêmica”, a prefeitura se manifestou, explicando toda a legalidade e a intenção dos cortes no local.
Em vídeo, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro explicou que o corte das árvores no local ocorreu devido ao risco que elas traziam aos pedestres que ali transitavam, já que estavam todas “podres”. Além disso, uma nova creche está sendo construída próxima ao local, e o estado da vegetação poderia representar riscos também para as crianças. A promessão é de que outras vegetações sejam plantadas no local, como por exemplo, ipês.
De acordo com a presidente da Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), Anequésselen Bitencourt Fortunato, todas as árvores cortadas na Praça da Chaminé eram eucaliptos e, por isso, não precisavam de autorização para serem retiradas. “Na praça há outras árvores nativas e exóticas, mas que não foram cortadas. Somente os eucaliptos foram retirados, já que não precisam de aprovação para corte, devido a uma lei aprovada pela Câmara em 2018”, disse.
A presidente da Fundação explica que os eucaliptos são espécies consideradas invasoras e exóticas, e que empobrecem o solo e não permitem que outras árvores possam se desenvolver no local. Além disso, esta espécie de árvore pode ser cortada por qualquer um no município sem nenhuma necessidade de autorização, com a exceção de casos em que estejam em uma área de preservação permanente, numa zona de prsvervação ambiental ou próximo a um rio.