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“Não podemos virar o RS, que não consegue pagar a folha”

O alerta é do prefeito de Araranguá depois que os servidores municipais deflagraram estado de greve

Por Gregório Silveira Araranguá, SC, 04/03/2022 - 16:12 Atualizado em 04/03/2022 - 16:17
Foto: Divulgação
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Os servidores públicos municipais de Araranguá entraram em estado de greve nessa sexta-feira, 4, após assembleia geral da categoria realizada na noite de quinta-feira, 3. O prefeito Cesar Cesa afirma ter ficado surpreso com a decisão.  Segundo ele, nunca houve falta de diálogo entre o Executivo e os trabalhadores.   

“Eu estou estranhando isso. Tivemos sempre um grande relacionamento. Ano passado eu dei um aumento quando as pessoas não davam e a justiça cancelou, prontamente em janeiro quando acabou o decreto nós fizemos um aporte. Estamos estudando isso, eles fizeram uma reivindicação, falei com eles que nós iríamos discutir sobre isso hoje, muito estranho. Não vamos fazer loucura, vamos pagar dentro daquilo que o caixa suporta”, afirmou.

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araranguá (SINDMA), Simoni Zilli, afirma que o diálogo houve, mas sem sucesso e sem a presença do prefeito. “Fizemos as reuniões setoriais em fevereiro e a gente tinha, semana passada, uma reunião agendada com o prefeito que não pôde nos receber e por isso passou para uma equipe. Esse grupo era formado por secretários e o procurador do município e nesse meio tempo que ficamos reunidos eles não encaminharam nada", apontou.

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"Como já é a terceira vez que a prefeitura fica de enviar uma proposta e não envia, pois falam que estão estudando, semana que vem vamos estar convocando uma nova assembleia e vamos fazer os encaminhamentos (greve) se não tiver avanço. Agora estamos em estado de greve que serve de alerta que a qualquer momento os trabalhadores poderão parar. Mas nessa situação atual o trabalho cotidiano prossegue”, completou a sindicalista. De acordo com Simoni, as principais reivindicações agora são de ordem econômica. “Pedimos o vale alimentação e reposição salarial. A gente pede o maior índice, que oscilou entre 10 e 17%”, referiu.

Para o prefeito, o momento requer cautela. “Tudo tem que ser equilibrado. O governo fez um desconto no IPI (Imposto sobre produto industrializado), o IPI basicamente é dos estados e municípios. Com isso nossa arrecadação vai diminuir e isso precisa ser intendido. Claro que todo mundo quer ganhar mais, eu também quero, agora, dentro daquilo que o caixa suporta. Nós não podemos fazer loucura para daqui a pouco virar o Rio Grande do Sul que não consegue pagar a folha”, reforçou Cesa.

Ele sublinhou que as negociações continuam abertas. “Eu sempre fui um homem do diálogo. Eu estou até estranhando isso, pois sempre tivemos uma belíssima relação com eles. Agora essa relação depende dos dois lados e não de um lado só”, concluiu.

Assembleia dos servidores nesta quinta-feira / Divulgação

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