Apesar da aprovação das vacinas Coronavac e de Oxford pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), há uma projeção de que os brasileiros continuem lidando com a Covid-19 para além de 2021. De acordo com o consultor em Saúde da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), Jailson Lima, a capacidade de produção das vacinas no país não será suficiente para atender toda a população brasileira ainda neste ano.
“Temos que ter claro que não teremos vacina para todos os brasileiros neste ano”, disse Jailson. “A Fundação Oswaldo Cruz deverá começar a produzir em fevereiro, mas mesmo Astrazeneca, Oxford, Fundação Oswaldo Cruz e o Butantan não terão condição, neste ano, de produzir vacinas para todos os brasileiros”, completou.
Atualmente, o Instituto Butantan conta com 6,5 milhões de doses da vacina Coronavac, das quais 6 milhões deverão ser distribuídas entre os estados brasileiros. A previsão é de que até o final de março e abril o Instituto tenha produzido pelo menos mais 30 milhões de doses para atender parte da população.
Ainda sim, projeta-se que o quantitativo não será o suficiente para vacinar todos, visto que vacinas como a Coronavac e de Oxford dependem de uma segunda dose. Segundo Jailson, quanto mais vacinas forem trabalhadas no Brasil, maior será o alcance da imunização.
“Estamos apostando que a Sputnik, a vacina Russa, seja aprovada o mais breve possível dentro da Anvisa, que está exigindo que se faça uma 3ª fase da vacina no Brasil. Isso significa pelo menos mais 60 ou 90 dias até aprovação, o que é uma insanidade desses técnicos, sabendo que ela já está sendo utilizada na Argentina, Bolívia, Venezuela e Rússia”, ressaltou o consultor de Saúde da Fecam.
A previsão é de que ainda nesta segunda-feira, 18, as vacinas cheguem à Secretaria de Saúde de Santa Catarina, com possibilidade de início da imunização no estado entre hoje e quarta-feira.