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No Agora, vereador sem salário e bandeiras para a Câmara

Programa promoveu mais um debate entre ex-vereadores de Criciúma. Uma até revelou sonho de concorrer à prefeitura

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 11/11/2020 - 17:29 Atualizado em 11/11/2020 - 17:33
Adão, Solange e Douglas no debate do Agora / Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito
Adão, Solange e Douglas no debate do Agora / Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito

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"Eu acho que vereador não deveria ganhar salário. Se não ganhasse, eu seria a primeira a concorrer". Com essa máxima, a ex-vereadora Solange Barp marcou sua participação no programa Agora desta quarta-feira, 11, na Rádio Som Maior. Dividindo a mesa com ela outros dois ex-integrantes do Legislativo de Criciúma. "A Câmara era muito atuante na nossa época, com 21 vereadores. Ela pode ter 25, 30, 40 vereadores, a questão é reduzir o custo", afirmou o ex-vereador Adão Sérgio da Silva. "Fui vereador 16 anos e deixei de ser quando percebi que estavam faltando bandeiras, que as bandeiras da nossa época estavam se tornando realidade", contou o ex-vereador Douglas Mattos.

Adão exerceu três mandatos a partir do início dos anos 90

Os três militaram juntos no Legislativo. Adão cumpriu três mandatos a partir de 1992, um pelo PFL, dois no então PMDB, atual MDB. Solange teve um mandato efetivo, em 2000, pelo PFL, e alguns períodos de suplente, como os recentes três meses, neste ano, que ela exerceu mandato pelo PL, embora tenha concorrido pelo PSD. Douglas, do PCdoB, cumpriu o primeiro mandato como suplente na legislatura 1993 a 96 e foi efetivo a partir da seguinte, até despedir-se do Legislativo em 2012.

Solange levantou a discussão de vereadores atuarem sem salário. "Acontece que aquilo não é um ganho de uma profissão, é algo passageiro. Vereador não é profissão, é prestação de serviço à comunidade. E se nenhum vereador tivesse salário, as pessoas não pediriam dinheiro para vereador, como pedem hoje", explica. 

Solange Barp não pretende mais disputar vaga na Câmara

Entrou na pauta, ainda, a questão da quantidade de vereadores. Os três participaram do Legislativo com 21 cadeiras. Atualmente são 17. "Entendo que quanto mais vereadores, melhor representada estará a sociedade", apontou Solange, no que Douglas concordou, e Adão ponderou a importância de limitar os gastos. "Eu fui presidente, não fazíamos essas devoluções que são feitas hoje. Todo mês, a gente via a despesa e pedia ao Executivo o dinheiro para pagar essa despesa", referiu. "E não precisa dois assessores por vereador como hoje. Na nossa época, era um assessor por bancada, e funcionava. Podia muito bem continuar assim. Hoje os assessores são os cabos eleitorais", destacou Solange.

Douglas Mattos enalteceu a importância de a Câmara ter bandeiras a defender. "Na nossa época trabalhamos muito pela duplicação da BR-101, pela instalação da Barragem do Rio São Bento e pelo projeto da Via Rápida. E hoje? Eu leio jornais, me informo e nem sei o nome de todos os vereadores. A nossa Câmara está muito apagada", comentou.

Douglas lembrou de bandeiras defendidas pelo Legislativo em seu tempo

Os ex-vereadores concordaram, ainda, que o Legislativo está carecendo de independência em relação ao Executivo. "Hoje a Câmara está um puxadinho do Paço. Estive na Câmara por três meses nesse ano e notei vereadores cabisbaixos, desconfiados, muitas vezes submissos", lamentou Solange. "Foi bom esse período pois confirmei o quanto não quero mais concorrer a vereadora", destacou ela, que teve mais de 1,8 mil votos no último pleito, quando ficou na suplência. Mas ela admite um sonho. "Sim, eu gostaria de ser prefeita, até pensei em concorrer nessa eleição. Mas a partir de agora deixo para os mais jovens que estão chegando aí com muitas ideias", completou.

Ouça a íntegra do debate dos ex-vereadores no Agora no podcast:

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