O cenário político que envolve o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em Santa Catarina, sob a análise do ex-governador emedebista, Paulo Afonso Vieira, foi tema da live do Parlatório desta segunda-feira, dia 30. Com início às 19h, a transmissão foi ao ar pelo YouTube do Portal 4oito e, simultaneamente, pela Rádio Som Maior.
A principal divergência dentro do MDB de SC é que, uma parte do partido, atualmente, defende a reeleição de Carlos Moisés e, a outra, prefere a candidatura de Antídio Lunelli. Amanhã, uma reunião da executiva estadual está marcada e deve ser presidida pela deputada Ada De Luca. O encontro vai tratar do apoio ao atual governador de Santa Catarina, dentre outros assuntos internos.
"A proposta de estar com Moisés, que conta com simpatia da maior parte dos prefeitos e quase toda a totalidade dos deputados, é um caminho viável. Com seus problemas e suas dificuldades, mas é um caminho viável. Entendo que o MDB participaria dessa chapa indicando o vice-governador e o senador", comenta o ex-governador de SC.
As discussões acerca do assunto, para Vieira, nunca foram tão intensas na história do MDB. "Nós nunca vivemos uma crise interna desta envergadura. Inclusive, com um linha de ruptura interna tão forte. O que hoje, eu luto, é que a gente consiga construir um projeto menos danoso e mais unitário possível. Ou seja, que tenha menos gente fora do processo", acrescenta.
"Quando eu vejo que os nossos prefeitos, quase todos, e deputados, desejam seguir esse rumo, eu penso que ele pode ser seguido na preservação de um mínimo de unidade e coesão para que o MDB possa eleger bancadas, além de vice-governador e senador, por que não?", completa o emedebista.
O ex-governador opina sobre a prévia o outro lado, que apoia Antídio. "A tal candidatura colocada foi incapaz não só de unir o partido, vamos lá, 80 e tantos prefeitos e quase todos os deputados, mas também foi incapaz de trazer qualquer adesão de coligação. Em tempos passados, o MDB coligava. Agora, ela não une o partido", frisa Afonso.
Eleição presidencial
Quanto à eleição presidencial, o ex-governador de Santa Catarina declara apoio a Luiz Inácio Lula da Silva, muito embora o MDB tenha uma pré-candidata à majoritária: Simone Tebet.
"Eu sou Lula. Não vou negar. Eu tenho uma simpatia pelo presidente. Essa é uma eleição que não é qualquer. É uma eleição entre a civilização e a barbárie, entre a democracia e o facismo, entre as pessoas que defendem os direitos humanos e ambientais e os que são destruidores, preconceitos, misóginos e racistas. É um pleito que decide qual Brasil nós queremos, quem nós somos e como nos enxergamos como civilização. A senadora Simone cumpre um papel bonito, está lutando, mas não tenho porque negar, sou a favor do Lula", finaliza o emedebista.