O deputado federal Ricardo Guidi (PSD-SC) volta a sofrer com ameaças ao seu mandato. Ocorre que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está julgando recurso que visa validar votos de uma suplente do PT na eleição passada que, caso somados à legenda, tiram a cadeira do PSD e a entregam à coligação petista. Nesta perspectiva, a ex-deputada estadual Ana Paula Lima assume um assento na Câmara Federal, justamente na vaga do deputado criciumense.
Dos sete ministros do TSE, quatro já votaram a favor de validar os 491 votos da então candidata a deputada federal Ivana Laís, do PT, e é essa soma ao montante que desequilibra a disputa a favor de Ana Paula Lima, retirando a vaga de Ricardo Guidi no quociente eleitoral dos partidos. Mesmo com os quatro votos a três, a favor do recurso do PT, houve suspensão do julgamento, já que o ministro Luiz Roberto Barroso pediu vistas.
Em viagem de Brasília para Criciúma nesta tarde de quinta-feira, 15, Guidi ainda não se manifestou sobre o episódio. Por sua assessoria, informou que, assim que chegar em Santa Catarina, vai se reunir com os advogados e então tomar uma posição.
Um fator que pesa contra Ricardo Guidi é que já houve, no âmbito do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Santa Catarina, uma decisão a favor de Ana Paula Lima, o que confere amparo à decisão que está sendo tomada em Brasília. O criciumense conseguiu ser diplomado e empossado por conta de uma decisão liminar do ministro Admar Gonzaga. O ministro alega que a candidata impugnada do PT deixou de apresentar documentos necessários na sua inscrição para o pleito. A causa de Ricardo Guidi ganhou um fôlego em março, quando foi julgado o mérito da liminar que autorizou a posse de Guidi, a favor do deputado do PSD.
Nas eleições de 2018, Ricardo Guidi elegeu-se com 61.830 votos, enquanto Ana Paula Lima não chegou à Câmara embora tenha feito 76.304 votos.
(Com informações do NSC Total)