"O campeonato tem que acabar dentro do campo"

Avaí e Brusque terminaram a primeira fase do Campeonato Catarinense com os mesmos 17 pontos. O time da Capital ficou à frente nos critérios, mas os dois avançaram à segunda etapa como dos mais cotados para brigar pelo título. Porém, veio a pandemia de Covid-19, a bola parou e há a expectativa de retomada da competição em julho, quase quatro meses depois da última partida. O jogo mais recente do Brusque, pela última rodada da primeira fase, foi em 15 de março, derrota por 1 a 0 para o Figueirense em Florianópolis. Agora, o time vive a expectativa do confronto das quartas de final contra o Joinville.

"Estamos vivendo um momento de incertezas, diferente, onde temos que nos adaptar às circunstâncias. Na verdade o Brusque já vem treinando fisicamente, em grupos, cumprindo religiosamente o protocolo do decreto do Governo do Estado", afirmou o presidente do Brusque, Danilo Rezini, em entrevista ao Timaço da Rádio Som Maior. "Esperamos que na próxima semana haja a possibilidade de o Estado liberar os treinos, e quem sabe dia 5 ou dia 8 recomeçar a competição, para acabar a competição dentro de campo, para não judicializar, o que seria muito ruim para os clubes, a FCF e a SC Clubes", observou.

Campeonato Catarinense - Quartas de Final, jogos de ida

Chapecoense x Avaí

Criciúma x Marcílio Dias

Joinville x Brusque

Juventus x Figueirense

Rezini pontua a necessidade de preservar vidas com as providências a adotar. "A volta sem torcida é surreal, nunca passamos por isso, mas temos que nos adaptar às condições de protocolos de saúde para termos a responsabilidade e a preocupação com a vida das pessoas", lembrou. "Não é bom, claro, mas diante das circunstâncias é a única situação que pode ocorrer para o reinício das competições. Claro que vamos acatar, infelizmente sem torcida, não teremos receita das rendas, mas de qualquer maneira é importante esse reinício para acabar dentro de campo a competição", emendou, reforçando a necessidade de terminar o campeonato dentro de campo.

Mas para o dirigente, talvez seja possível a volta gradual do público ainda durante o Campeonato Catarinense. "O Brusque cumpre as determinações e vamos fazer a competição sem torcida. Aos poucos vamos tentando melhorar essa situação", referiu. "Recomeçamos sem torcida, quem sabe essa pandemia reduz, não dispara em novos casos e óbitos, e daqui a pouco libera para 30% da capacidade do estádio, mais tarde 50%, estamos preparados para isso sim, é importante que acabe essa competição dentro de campo", completou.