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O dia em que o AI-5 voltou à pauta (VÍDEO)

Deputado Eduardo Bolsonaro, que estará em Criciúma no dia 8, citou que "uma resposta pode ser via um novo AI-5" para o momento do Brasil

Por Denis Luciano Brasília, DF, 31/10/2019 - 17:51 Atualizado em 31/10/2019 - 17:56
Reprodução
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Caiu como uma bomba o trecho de uma entrevista do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à jornalista Leda Nagle no qual ele refere que um novo AI-5 pode vir aí. "Tudo é culpa do Bolsonaro, fogo na Amazônia, óleo no Nordeste, daqui a pouco vai passar esse óleo e virá outra coisa, culpa do Bolsonaro. (...) Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta, e uma resposta pode ser via um novo AI-5, via uma legislação aprovada por plebiscito, como aconteceu na Itália".

O Ato Institucional número 5 (AI-5) chegou com tudo nos instrumentos de busca na internet nesta quinta-feira, 31. "O Ato Institucional Número Cinco foi o quinto de dezessete grandes decretos emitidos pela ditadura militar nos anos que se seguiram ao golpe de estado de 1964 no Brasil", começa definido o Wikipedia. "O mais duro golpe do regime militar", aponta o Centro de Pesquisa e Documentação de História do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Editado em 13 de dezembro de 1968, às vésperas de completar 51 anos, o AI-5 foi editado pelo presidente Costa e Silva e chancelou cassações de direitos políticos, demissões e até aposentadorias forçadas, concedendo ao presidente poderes ilimitados para fechar Congresso Nacional, legislativos estaduais e acabar com mandatos conquistados nas urnas. Estava efetivamente aberto, a partir de então, o caminho para o mais duro período do cerceamento da liberdade no Brasil.

Com a repercussão da entrevista, Eduardo Bolsonaro voltou a se manifestar ao longo da tarde, via rede social. "Está tendo uma polêmica aí com relação ao AI-5. Vocês estão vendo aí tudo que está acontecendo com o Chile. O que a esquerda está chamando de protestos e querendo trazer para o Brasil, que na verdade a gente sabe que são vandalismos, depredações e chega a ser, sim, terrorismo. Porque eles querem fazer uma instabilidade política para tirar do poder um presidente que não é de esquerda", afirmou.

Bolsonaro critica. Opositores querem cassação

A fala de Eduardo Bolsonaro gerou uma série de protestos. Colegas dele de outras bancadas estão lançando questionamentos em pronunciamentos e até buscando reparos na Justiça. Há um grupo de partidos de esquerda coletando assinaturas para pedir a cassação do mandato do deputado.

Até o presidente Jair Bolsonaro (PSL), pai de Eduardo, censurou a fala do filho. "Não existe. AI-5 no passado existiu em outra Constituição, não existe nessa aqui, esquece. Quem quer que seja que fale de AI-5 tá falando, tá sonhando! Não quero nem que dê notícia nesse sentido aí. Cobrem vocês dele. Se ele falou isso que eu não estou sabendo lamento, lamento muito", completou.

Eduardo Bolsonaro tem uma palestra agendada para Criciúma. Será no próximo dia 8, às 19h, no Teatro Elias Angeloni.

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