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O Estadual e a espera por uma resposta do governo

FCF e SCClubes aguardam retorno para o reinício. Guia Médico também foi apresentado para dar segurança aos atletas

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 23/04/2020 - 16:06 Atualizado em 23/04/2020 - 16:09

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A Federação Catarinense de Futebol (FCF) e a Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina (SCClubes) apresentaram ao Governo do Estado no último dia 16 de abril, o pedido de retorno do Campeonato Catarinense e um Guia Médico para um retorno seguro. Porém, até agora, uma semana depois, a proposta segue sem resposta.

As entidades solicitam a volta dos treinamentos a partir de 1º de maio e o possível reinício do Estadual a partir do dia 16, a fim de garantir que as datas não entrem em choque com as competições nacionais a partir de junho e que é jogado por oito dos clubes que disputam o Campeonato Catarinense. A FCF e a SCClubes abrem mão, ainda, da bilheteria para que a competição seja retomada. “Já há um prejuízo notório. Tanto psicológico, quanto da performance dos atletas, entre outros. Vamos perder a bilheteria, mas garantimos o término do campeonato”, enfatiza o diretor executivo da SCClubes, Cláudio Gomes.

No documento que pede o retorno das atividades entregue ao governo, as instituições destacam a importância da competição e tudo que ela envolve. “Como de se imaginar, trata-se do principal evento esportivo realizado em Santa Catarina, sendo disputado por 10 clubes, envolvendo diretamente 1.300 atletas, e indiretamente um número 3x maior de profissionais, incluindo aí profissionais de imprensa, comissões técnicas, funcionários dos clubes, gandulas, transportadores, funcionários de rede hoteleira e restaurantes, seguranças e policiais militares. As receitas que sustentam esta competição podem ser resumidas em 2: a) receitas com bilheteria dos jogos; b) receitas com venda de direitos de transmissão para redes de televisão e plataformas de streaming. O valor destas receitas basicamente é utilizada para remunerar os atletas e profissionais diretos e indiretos envolvidos, além de financiar projetos sociais desenvolvidos pelos clubes associados. Os clubes também são grandes contribuintes tributários, sendo grande parte destes tributos recolhidos por ocasião do faturamento relacionado a estas partidas. Trata-se portanto de operação complexa, que prescinde de gigantesca organização prévia entre todos os atores envolvidos, de modo que as partidas possam ser disponibilizadas ao público telespectador com certa previsibilidade. É fato público e notório todo o estado de calamidade imposto pela Pandemia ocasionada pelo Covid-19 onde, em decorrência da necessidade de isolamento da população, houve a necessidade de redução drástica da circulação de pessoas, e consequentemente, do fechamento de locais com grande aglomeração de pessoas”, descreve parte do documento.

Guia Médico e uma série de cuidados

O protocolo de saúde apresentado possui 27 páginas, é dividido em cinco fases e foi elaborado pelo médico Luis Fernando Funchal, do Avaí, com a participação do infectologista Valter Rotolo da Costa Araújo. Ele detalha todas as ações que devem ser realizadas pelos clubes, com procedimentos específicos para cada setor: da enfermaria à academia de ginástica; dos ambientes de concentração ao transporte dos jogadores para viagens, entre outros. 

O guia descreve os passos para o retorno progressivo dos treinos. A sugestão é que a tomada de medidas possuam três fases de adaptação para garantir que os jogadores sejam capazes de jogar os 90 minutos e disputar os jogos na melhor condição física, incorrendo no menor risco possível de lesões e da maior performance desportiva.

Outro ponto de destaque no documento é com relação aos jogos fora de casa. As viagens, se possível devem ser realizadas no próprio dia do jogo (o que deverá ser tido em conta na definição dos horários dos jogos). Nas viagens de ônibus, esses devem ser exclusivos e apenas, para os jogadores/staff do jogo. Os outros jogadores para essa viagem, que também sejam indispensáveis, deverão se deslocar em outro ônibus. Cada jogador, que viaje no ônibus, deve sentar-se sozinho em poltrona dupla e utilizando uma máscara por todo o trajeto, entre outras medidas.

Tags: coronavírus

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