Os decretos estaduais e municipais que suspendem a atividade de indústrias e serviços não essenciais e determinam o isolamento social para grande parte da população, tem afetado uma série de setores econômicos. Um dos mais afetados, impossibilitados de acontecer por uma questão de saúde coletiva, é o de eventos.
Para o promotor de eventos Marcelo Cabral, este é um período em que todos os eventos e atividades estão sendo agendados para uma data futura - mas o futuro ainda é incerto. “Torcemos para que tudo volte o normal já amanhã, mas temos todo um cuidado que estamos tomando. Nossa previsão é de 60 ou 70 dias em média, mas ainda não sabe”, destacou.
O dono da X9 produções, Joelson Medeiros, mais conhecido como Xororó, destaca que a área de eventos é uma das mais afetadas no Brasil pela questão do coronavírus e, possivelmente, será uma das últimas a se recuperar. Por mais que a projeção de Xororó seja para que daqui 90 dias os shows voltem a ser realizados, ele admite que primeiro o Brasil precisa voltar a trabalhar, e que os eventos ficarão por último.
“Torço para que em junho já dê para trabalhar, mas mesmo quando liberarem o público as pessoas ainda terão medo de se reunir em locais com muita gente. Eu levanto a bandeira de que o comércio tem que voltar a abrir, restaurantes e tudo mais, mas isso é um pensamento meu”, pontuou.
Uma das maiores realizadoras de shows, eventos e formaturas da região sul de Santa Catarina, a AM, já vem cancelando uma série de atividades desde a semana passada. De acordo com o proprietário da AM Formaturas e AM Master Hall, Antônio João Pereira, quatro eventos foram cancelados somente na semana passada - o que preocupa, também, os trabalhadores terceirizados.
“Cancelamos quatro formaturas somente na semana passada, e encaramos isso com muita preocupação porque é uma responsabilidade que temos com as pessoas que trabalham com a gente. Temos aqueles terceirizados que ficam torcendo para que aconteça o evento para trabalharem, já que dependem disso”, afirmou.