A construção de ciclovias em Criciúma, sobretudo na principal via da cidade, a Avenida Centenário, é uma pauta em comum entre os candidatos a prefeito nas eleições de 15 de novembro. O assunto voltou ao debate popular com força novamente nesta quarta-feira, 28, quando uma ciclista morreu atropelada por um ônibus na Avenida Universitária, no bairro Santa Luzia. E ela transitava em uma ciclofaixa quando foi atingida.
Confira também:
Projeto de ciclovia deverá ser concluído em dezembro
Mais uma pedalada para protestar em Criciúma
Ciclista morre atropelada por ônibus na Avenida Universitária
A Rádio Som Maior colheu a opinião dos candidatos a prefeito de Criciúma sobre a construção da ciclovia. Dos sete, somente Clésio Salvaro (PSDB) não se manifestou.
As ideias dos concorrentes
O petista Chico Balthazar (PT) afirma que irá apresentar no ano que vem um amplo projeto, elaborado por técnicos, para a construção de ciclovias e ciclofaixas nas principais artérias de Criciúma. “A Avenida Centenário, sobrecarregada como se encontra, certamente merece atenção especial. O que não pode é a ciclovia ser tema central em todas as eleições e, depois, ficar esquecida em uma verdadeira pedalada na sociedade”, disse.
O candidato do Podemos, Coronel Manique Barreto, destaca que a construção de ciclovias é algo muito difícil, já que se trata de uma faixa independente e exclusiva para as bicicletas. Apesar disso, o coronel cita a possibilidade de construção de ciclofaixas. “Mesmo as ciclofaixas tem a necessidade que se interliguem, algo difícil por causa das ruas e da geografia da nossa cidade. Vamos fazer um estudo macro de mobilidade e buscar ter o conhecimento para onde a cidade cresce, e discutir com a sociedade o melhor para Criciúma”, pontuou.
Já Dr Anibal (MDB) afirma ter dois caminhos para se percorrer em relação a construção de ciclovias na cidade. “O primeiro é a repaginação e reestruturação da Centenário, prevendo espaço para ciclovias. O segundo é um projeto de um circuito de ciclovias, desenhado pelas pessoas envolvidas diretamente com o ciclismo, tanto usuários quanto engenheiros de trânsito. Dentro a criação desses circuitos, entendemos que ele deve compor um projeto de crescimento de uma cidade integrada com a região”, declarou.
Julia Zanatta (PL) destaca que a construção de uma ciclovia é uma das prioridades de seu plano de governo. A candidata reforça que pretende dar prosseguimento ao projeto já existente da Unesc de revitalização da Avenida com a implantação da ciclovia. “Também pensar em ciclovias nos bairros e em outros locais do município, temos que pensar em uma Criciúma do futuro, e isso passa pela questão da mobilidade urbana. A ciclovia é uma das nossas prioridades”, reforçou.
Para Professor Ederson (PSTU), é preciso que os trabalhadores que possuem como única opção as bicicletas para irem trabalhar sejam ouvidos através de conselhos populares. “Que essa ciclovia tenha como foco todos os bairros da nossa cidade, Criciúma não aguenta mais enterrar seus filhos. Por isso é importante acabar com altos salários de secretários, prefeitos e seus chegados. Criciúma precisa ser pensada para todos”, disse.
O candidato do PDT, Rodrigo Minotto, comenta que é preciso que seja feita uma avaliação técnica e detalhada da viabilidade da ciclovia antes de sua execução. “É o caso das ciclovias, sabendo da urgência e necessidade dessa obra e também das garantias que ela traz para quem se locomove diariamente de bicicleta. Esse projeto não pode ser empurrado com a barriga e que se passem mais quatro anos sem que ele aconteça, custando muitas vezes a vida do nosso cidadão. Estamos comprometidos com essa causa”, declarou.