Moradores de trafegam pela Avenida Santos Dumont em Criciúma, onde está sendo construído o binário, nas proximidades do Teatro Municipal Elias Angeloni, vão notando que aos poucos a vegetação vai sendo retirada. Isso vem gerando muita reclamação e pessoas questionando a legalidade da supressão.
"Estão suprimindo todas as árvores no entorno da obra. Não consigo compreender o motivo. No mínimo, deveriam fazer o transplante dessas árvores, mas não é o que ocorre, lamentavelmente. Tenho certeza que muitos cortes poderiam ser evitados. Como exemplo, podemos citar os cortes no estacionamento em frente ao cemitério, ao lado do teatro Elias Angeloni e ao longo da avenida, vários ipês roxo foram suprimidos. Outro exemplo são os jacarandás mimoso (duas unidades) e um flamboyant, na rua Joaquim Nabuco. Os jacarandás ainda não foram cortados, porém tem o “X” da morte em seu tronco", afirmou Luiz Donizeti Ceravolo, morador da região, em contato com a redação.
Segundo a Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), toda a retirada de árvores está autorizada previamente. "É um projeto grande e por isso serão retiradas muitas árvores. Porém para cada árvore retirada iremos plantar de duas a 30 novas. Os locais públicos que vão receber as árvores ainda serão definidos", afirma a presidente Anequésselen Bitencourt Fortunato.
Obras do binário
A via será duplicada e contará com quatro faixas, sendo duas no sentido São Luiz/Pinheirinho e duas no sentido Pinheirinho/São Luiz, no trecho entre a Avenida Centenário e a rua Pinheiro Machado. A Avenida Santos Dumont contará com calçadas e ciclovias.
O investimento é de R$ 32.433.128,48. O recurso foi garantido através de operação de crédito externo firmada junto ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), no valor de US$ 17,2 milhões. A obra vai melhorar a infraestrutura viária e a mobilidade urbana no bairro São Luiz.