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Ônibus: Até quem tem CriciumaCard reclama do não ao dinheiro

Solução parcial definida nesta sexta ainda não resolve todos os problemas para os usuários do transporte coletivo

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 25/02/2022 - 17:17 Atualizado em 25/02/2022 - 21:20
Fotos: Vitor Rizzatti / 4oito
Fotos: Vitor Rizzatti / 4oito

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Antes da novidade vinda da reunião da tarde desta sexta-feira, 25, de que nos próximos dias os terminais urbanos voltarão a aceitar pagamento em dinheiro das passagens de ônibus, solucionando parcialmente o problema que vem afetando o sistema de transporte coletivo, os usuários vinham reclamando. 

Leia também - Definida a volta parcial do pagamento da passagem em dinheiro

"Uso o ônibus todo o dia para trabalhar, às 7h e às 17h. Os proprietários das empresas deveriam pensar mais nos trabalhadores, nos estudantes, professores, pessoas com deficiência, do que apenas no próprio interesse", afirmou Luciana de Aguiar, moradora de Criciúma. "Em uma situação desagradável, eu estava sem crédito no cartão, fui passar e não consegui. O motorista me deu a incômoda opção de descer do ônibus ou alguém passar o cartão para mim. Eu tive a sorte de que havia uma pessoa solidária no ônibus e que me ajudou", comentou. Um dos muitos episódios que ilustram o problema acarretado com a ausência dos cobradores e, em consequência, da falta do pagamento em dinheiro no transporte coletivo.

As empresas, pelo acordo celebrado nesta sexta e mediada pelo MPSC, terão 5 dias úteis para efetivar a cobrança em dinheiro nos terminais, e nesse meio tempo o Município deverá providenciar a alteração legislativa que contemplará essa medida, um paliativo para os usuários. Os que embarcam nos bairros, porém, continua tendo somente o cartão como alternativa. Se não o possuírem, e só tiverem dinheiro, ou dependerão do apoio alheio com o empréstimo de um cartão, ou não conseguirão usar o ônibus. Para esse tópico, as empresas terão um prazo de pelo menos 60 dias para apresentar uma alternativa que seja viável. Foi consensuado que a volta dos cobradores impactará na tarifa, o que não será feito.

E tem ainda os usuários que reclamam do sistema em si, além da forma de pagamento. "Qualidade precária, depois da pandemia piorou, acredito que deveriam obrigar todos funcionários a ter um treinamento qualificado, os motoristas, salvo exceções, passam voando nas lombadas, os assentos são desconfortáveis, inúmeros problemas para cobrar valores tão alto. Como sempre os trabalhadores pagando o pato", criticou Rosilene Miguel, outra usuária ouvida pela reportagem no Terminal Central.

O prefeito Clésio Salvaro já mencionou, inclusive em uma recente reunião com vereadores, que só seria possível retomar a presença dos cobradores se houvesse um acréscimo no IPTU para criar um valor que subsidiria esse custo junto às empresas. Caso contrário, a alternativa seria o reajuste para R$ 6,20, o que tornaria o transporte inviável para o cidadão. Há poucos dias o vereador Pastor Jair Alexandre (PL) apresentou um requerimento na Câmara solicitando a volta dos cobradores. 

Para André Gonçalves, outro usuário do sistema ouvido pela reportagem no Terminal, é preciso também uma atenção à infraestrutura da cidade. "A maioria das estradas da cidade estão em desnível, e buracos que podem causar acidentes graves. Acredito que nossa cidade precisa urgente de uma ciclovia, recentemente houve mortes que poderiam ser evitadas. Uma cidade como Criciúma que está em constante crescimento, não ter uma ciclovia é um desrespeito e falta de sensibilidade perante ao cidadão que paga seus impostos", sugeriu.

Ouça os depoimentos dos usuários entrevistados pelo 4oito no podcast:

(Colaboração: Vitor Rizzatti / Especial / 4oito)

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