Foi em 1884 quando o Conde d'Eu realizou a sua única visita ao local onde no futuro se tornaria Orleans. Ele chegou pela recém-inaugurada Estrada de Ferro Donna Thereza Christina. A região contava com o que hoje são oito municípios, sendo o presente de casamento dado por Dom Pedro II ao Conde e a Princesa Isabel.
“O carvão era uma matéria-prima importantíssima, então eles conheciam. Construíram uma estrada de ferro com 110 quilômetros em 3 anos e oito meses, de Lauro Müller até Imbituba. Era um terreno completamente acidentado, cheio de túneis e bueiros", disse o escritor e membro da Academia Orleanense de Letras, Luiz Carminatti.
Luís Filipe Maria Fernando Gastão, o conde d'Eu, fazia parte da francesa Casa de Oléans e iria se casar com a herdeira do trono brasileiro, Princesa Isabel. "Numa dessas viagens o Conde estava vistoriando as obras, parou perto do Rio Tubarão e disse que por ali nasceria uma cidade chamada Orleans, foi essa história do nome", contou Carminatti.
Originalmente o lote de terras contava com os territórios de São Ludgero, Grão-Pará, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, parte de Anitápolis, Armazém, São Martinho e São Bonifácio. Segundo o escritor, apenas Braço do Norte foi deixado de lado, por algum motivo que não é conhecido até hoje.
"A cidade foi colonizada por italianos, alemães e os chamados nacionais, que eram os portugueses. No começo Orleans era tomada por pessoas que vinham de Imbituba, Tubarão e Florianópolis", citou. O tempo foi passando e menos de três décadas depois Orleans se tornou município, no dia 30 de agosto de 1913.