A Ferrovia Tereza Cristina (FTC) comemora 22 anos de história nesta sexta-feira (01), tendo o compromisso de transportar o carvão mineral, produzido no Sul do Estado de Santa Catarina com destino ao Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (Engie), em Capivari de Baixo, para geração de energia elétrica, e o transporte de cargas em contêineres, para o Porto de Imbituba.
Com uma frota, em operação, composta de 11 locomotivas e 250 vagões, a FTC percorre 164 quilômetros de malha ferroviária da região de Criciúma à Imbituba, com ramais até Siderópolis, Forquilhinha, Urussanga e Tubarão, no Sul do Estado, contribuindo para o desenvolvimento dos 14 municípios onde está inserida, com influência direta na geração de empregos, incrementando a economia e desenvolvendo ações sociais ao longo das comunidades lindeiras.
Desde que assumiu a Concessão, em 1997, a Ferrovia gerou recursos em benefício do Estado e da sociedade. Arrecadou mais de R$ 205 milhões para o Tesouro Nacional em outorga, arrendamento e tributos. Realizou investimentos superiores a R$ 70 milhões no sistema ferroviário, o que permitiu cumprir suas metas com seus clientes, usuários e com o Poder Concedente.
Somente em 2018 contabilizou mais de R$ 4 milhões em investimentos. Entre as realizações estão o novo sistema de comunicação operacional com tecnologia digital, modernização das Passagens em Nível (PN’s), e a recuperação de pontes. Além desses, foram construídos vagões e outros investimentos voltados à melhoria da infraestrutura, do material rodante, da sinalização e da telecomunicação, no desenvolvimento tecnológico, capacitação, segurança e saúde dos seus colaboradores.
A Concessionária já transportou nesse período, pós concessão, mais de 61 milhões de toneladas, sendo 60 milhões de carvão mineral e 1,4 milhões de toneladas de cargas diversas em contêineres. Analisando o exercício de 2018 sobre 2017, o transporte de carvão cresceu 4% e o de contêineres superou 26% em toneladas transportadas. Se comparar a quantidade de contêineres transportados, houve um incremento de 27%, sendo 22.157 contêineres no exercício anterior.
Na área de segurança, a Concessionária tem atuado para a redução no número de acidentes em Passagens em Nível que, geralmente, são de responsabilidade de terceiros envolvidos nos acidentes. “Para os clientes, os benefícios resultantes foram a garantia da entrega do seu produto, a redução do preço, agilidade, segurança na operação, comunicação direta e participação das soluções”, pontua a Diretoria da FTC.
Para a sociedade, segundo o diretor-presidente, além dos ganhos econômicos diretos, há ganhos socias, ambientais e de segurança. Em 2018, o equivalente a 166 mil viagens de carreta, transportando carvão mineral, e 22,2 mil carregando contêineres, seguiram de trem o que, de alguma maneira, resultou em maior segurança, fluidez e outros benefícios aos usuários das rodovias.
Todo este trabalho é sustentado pelo Sistema de Gestão Corporativo, que atesta a eficácia da gestão da Qualidade, Ambiental e da Saúde e Segurança Ocupacional, por meio das certificações na ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, respectivamente, já na nova versão das normas. “Acreditamos muito no potencial do transporte ferroviário e no potencial da FTC como um importante elo nas cadeias produtivas onde está inserida. Por isso apostamos no conceito de conexões ampliadas, expandido o significado de cada relação e potencializando a nossa contribuição na geração de valor para o todo”, destaca a Diretoria.
Os próximos anos reservam muitos desafios. As ferrovias não foram importantes somente no passado, mas para o presente e o futuro do setor. “No Brasil, alguns ainda veem a ferrovia como algo ultrapassado. O mundo não vê assim. O que é preciso entender é que a ferrovia ainda é referência no transporte. Devemos continuar a jornada com uma operação ferroviária mais segura e com respeito à vida, primando pelo diálogo como ferramenta para manter um relacionamento próximo e transparente com as comunidades. Este é o legado que queremos deixar”, valoriza.
O futuro
Em SC, importantes projetos prometem um futuro melhor ao setor ferroviário, integrando o Estado a um sistema logístico eficiente, com condições de impactar a economia e o desenvolvimento do País. Um deles é o Corredor Ferroviário de Santa Catarina, que permitirá fluxos ferroviários ao mercado nacional e internacional, por meio das ferrovias existentes e as planejadas pelo Programa de Investimentos em Logística (PIL) e, ao mercado global com a conexão com os portos.