A falta de professores no curso de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), campus de Araranguá, segue como um desafio. Várias reuniões já foram feitas entre representantes da universidade e alunos. Os discentes reclamam de poucas aulas, e a instituição alega não ter profissionais. No programa Adelor Lessa desta sexta-feira (01), um aluno alertou sobre o baixo valor pago aos médicos para lecionar por 40 horas na instituição, o que não estaria despertando interesse dos profissionais.
"Porque não há interessados? Porque não aparece ninguém no processo seletivo? Quem entra em um processo seletivo, seria a primeira escalada da carreira que hoje deve estar perto dos 3.500 reais, por 40 horas. Um bom médico ganha esse valor em um plantão. Como o profissional vai se dispôr a dar 40 horas, em uma universidade?", conta o aluno.
A coordenadora do curso de medicina da UFSC, campus Araranguá, professora Ana Carolina Cancelier, se manifestou sobre o assunto e afirmou que é o Ministério da Educação quem define o salário dos professores do magistério. "Quem determina os salários dos professores do magistério federal é o Ministério da Educação, e não a Universidade Federal de Santa Catarina. Portanto, o valor que foi colocado como muito baixo, e concordo plenamente que é, não é estipulado pela UFSC, e sim, pelo governo federal", pontua.
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