De saída do Partido Progressista (PP), o vereador Edson Paiol disparou contra a sigla. Em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, nesta segunda-feira, 9, o vereador criticou a ala do partido na cidade que quer a coligação com o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) na corrida pelo Paço e falou sobre o movimento de migração ao Partido Social Liberal (PSL), em apoio à candidatura de Júlio Kaminski.
Os progressistas viveram momentos de tensão nos bastidores. A convenção de agosto, que elegeu a ala de Paiol para a presidência do partido, foi anulada pela executiva estadual no fim de fevereiro. "Eu fui uma das pessoas que não queria naquele momento a convenção. Queríamos que deixasse mais para frente para ter um nome de consenso. Uma ala deu o soco na mesa e disse que deveria ter a eleição, mas a gente venceu", comentou Paiol.
O vereador criticou o que seriam decisões arbitrárias e sem diálogo de parte do PP. Segundo Paiol, o partido diz que a coligação para compor a majoritária está em aberto, mas na verdade já está fechada com Salvaro. "Nosso partido foi vendido lá atrás, eles já tinham feito a coligação pensando na eleição para o governo do Estado", afirmou.
"Teve a ala que lá atrás já queria a coligação com o prefeito e eu sempre quis que tivesse candidato a prefeito. O PP é que nem o Criciúma, tem uma torcida imensa, que tem vontade, mesmo com o time ruim. Não concordamos com a situação de entregar o partido de bandeja", completou.
De saída para o PSL, Paiol reafirmou que estará na convenção do PP marcada para a quarta-feira, 11, para despedir-se dos ex-companheiros. Agora, o trabalho é em formar a aliança para a possível candidatura de Kaminski. Três partidos que compõem o grupo de apoio do governador Carlos Moisés na Alesc (MDB, PDT e PSL) apresentam nomes de pré-candidatos, mas podem juntar-se em uma única coligação.
"Defendo as pessoas. Tem pessoas boas em todos os partidos. Temos conversas muito estreitas com o Aníbal e o Rodrigo Minotto. Sinalizei a ida do Kaminski e do Alisson para o PP, mas parte do PP tem sangue nos olhos em estar com o prefeito. Fechou-se as portas. Fui chamado pelo Fabio Schiochet (presidente estadual do PSL) e levamos os dois para o PSL. Queremos um partido do governador em Criciúma", concluiu Paiol.