Já faz quase oito meses que a pandemia de Covid-19 estourou em Santa Catarina e as pessoas começaram a prezar pelo isolamento social. Com mais pessoas em casa, durante períodos mais longos, a ideia é de que o consumo de energia regional tivesse aumentando consideravelmente - mas não foi bem o que aconteceu.
De acordo com o chefe da Divisão Técnica da Celesc de Criciúma, Zulnei Casagrande, a pandemia não teve grandes impactos no consumo de energia da região. “No começo de abril e março até houve uma redução na curva da carga, mas já foi quase que completamente retomada, operando em carga natural”, disse.
Até mesmo a chegada do verão, durante a pandemia, não deve ter um impacto tão grande no consumo de energia de Criciúma. Por mais que haja um aumento no consumo, já que muitas pessoas mantém o ar condicionado ligado por quase 24 horas, a ida de moradores da região para o litoral deve causar um balanceamento.
“No verão normalmente há o um descontamento da carga das cidades do interior em direção ao litoral. A carga diminui em Criciúma e acaba aumentando, proporcionalmente, na região litorânea, como Rincão, Arroio do Silva e Balneário Gaivota. Há uma migração de carga, a nível de consumo global”, ressaltou.
Zulnei ainda destaca que mesmo com o aumento de consumo durante o verão, os sistemas estão preparados para o controle. “Já nos planejamos fazendo uma projeção do carregamento, e é questão de torcer para que a natureza não cause aquelas tempestades com vendavais e ciclones, para termos uma boa temporada”, afirmou.