Eleito pelo mesmo partido do governador de Santa Catarina, o PSL, o deputado federal, Daniel Freitas, é outro parlamentar que está rompido com Carlos Moisés da Silva. Nesta quarta-feira, ele comentou, no programa Agora da rádio Som Maior, sobre os escândalos que culminaram em uma crise política no estado, pedidos de impeachment e CPI na Alesc. “É uma situação super delicada que o governo de Santa Catarina vive. Nós nos elegemos sob uma bandeira muito forte contra a corrupção. Talvez esta tenha sido a maior motivação para os brasileiros e catarinenses terem ido às urnas na última eleição. Ações como essas do hospital de campanha, levantando tantas suspeitas, e agora essa questão dos respiradores, torna o governo Carlos Moisés um governo bastante insustentável neste momento e levantando suspeitas diante de uma bandeira que todos nós levantamos”, disse.
O parlamentar salientou também que uma resposta precisa ser dada aos catarinenses também sobre a compra dos 200 respiradores, pagos de forma antecipada e que culminou na Operação Oxigênio. “Os catarinenses precisam de explicações. As investigações estão avançando, secretários importantes já deixaram as suas pastas. Os secretários da Casa Civil e de Saúde deixarem as suas responsabilidades por conta de atos suspeitos já levanta indícios de algo que os catarinenses precisam obter as repostas. Na condição de deputado tenho a obrigação de cobrar e fiscalizar e como cidadão quero entender o que se passou nestes dois episódios para que a gente possa confiar no governo de Santa Catarina”, ressaltou.
Para Freitas, a CPI é algo muito sério para o estado. “Hoje a confiança está desestabilizada. A Alesc pede uma CPI, algo que é muito sério, se não fosse relevante, se as suspeitas não fossem tão evidentes, o cenário seria outro. Tudo é reflexo das ações desse governo que tomou algumas atitudes de descaminhos que leva todos nós a crer que a administração pecou. Hoje o que não se espera de um político que se elege com a bandeira da nova política é que ações da velha política aconteçam. O parlamento catarinense vai se aprofundar, ser investigado e os deputados vão fazer a investigação e havendo os crimes, certamente, as providências legais devem ser tomadas”, finalizou.