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Para Márcio Búrigo, planejamento deve ser priorizado

Ex-prefeito falou à Som Maior na série de entrevistas com aqueles que já comandaram a cidade

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 19/08/2020 - 17:55
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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O médico Márcio Búrigo (PL), ingressou na política como vice de Clésio Salvaro (PSDB), em 2008, quando estava no PP. Quatro anos depois a dupla foi repetida e reeleita, porém, Salvaro não pode assumir. Búrigo foi posto como candidato a prefeito na eleição suplementar, levando a maiorias dos votos e assumindo o comando da cidade.

Nesta quarta-feira, 19, ele falou sobre a experiência ao Programa Agora, da Rádio Som Maior, na série com os ex-prefeitos de Criciúma. “De vários e importantes projetos que construímos no nosso mandato, além das obras corriqueiras por exemplo, construímos oito novas praças em bairros, cinco novas escolas que agregaram mais de dois mil alunos, ginásios de esportes, postos de saúde, isso acho que é da prática do dia a dia, da necessidade”, citou.

Márcio Búrigo na época de prefeito. Foto: Divulgação

Como maior realização, ele apontou o “Plano Criciúma 2050”, que traçava uma série de estratégias e ações para a cidade. “Um trabalho que nós fizemos e que, infelizmente foi engavetado foi o Plano Criciúma 2050 que estabeleceu um norte para tudo o que era preciso sere feito dentro do município de Criciúma para que a gente pudesse mitigar tantos problemas focais por exemplo com relação à mobilidade e ligações com os demais municípios, relação com o Anel Viário. Elencamos neste plano sob o ponto de vista de crescimento populacional, econômico, crescimento da sociedade e dos problemas que virão com estes crescimentos almejados”, falou.

Ele disse ainda que se deveria criar a região metropolitana de Criciúma. “Isso é de fundamental importância para a cidade. Os projetos passam a ser tratados por várias prefeituras. Os projetos que impactam os municípios passam a ser tratados não isoladamente, mas sim pelo governo da região metropolitana. Precisamos ter uma concepção mais ampliada da responsabilidade do gestor publico tem ao estar na cadeira de prefeito”, ressaltou.

Planejados e executados

O ex-prefeito também falou de projetos de seu governo colocados em prática no gestor seguinte, Clésio Salvaro. “Colocou por exemplo projeto do Parque dos Imigrantes que saio, que nós conseguimos os recursos durante o nosso governo, e a obra foi iniciada durante o nosso governo, eles está dentro do plano Criciúma 2050. A reforma do agora Parque Altair Guidi está no plano. A questão de mudar de forma muito intensa com deputados para terminar o Anel Viário. Estas coisas todas que ficaram desenhadas precisariam ter sequência. Não podemos imaginar que uma cidade com mais de 200 mil habitantes não tenha uma Secretaria de Planejamento e não tenha um planejamento a ser cumprido”, disse.

O vai e vem

Em janeiro de 2015, Márcio Búrigo foi afastado por uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a posse de Clésio Salvaro. Dias depois ele conseguiu reverter a situação e retornou ao Paço Municipal.

Em 2016, Márcio Búrigo tentou a reeleição, mas foi derrotado por Clésio Salvaro. O vice de Búrigo naquela eleição era Acélio Casagrande, hoje secretário de Saúde do governo Salvaro.

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Márcio e Salvaro comemoram a vitória na eleição suplementar. Verceli Coral era o vice / Foto: Divulgação

Prioridade da comunidade

Para Búrigo, os gestores precisam ouvir a comunidade com frequência para traçar as obras e ações. “Que cada prefeito vai exercer o seu mandato e colocando aquilo que ele acha que prioridade para a cidade e não o que a comunidade acha que é prioridade. Ouvimos a população e colocamos a vontade do criciumense dentro do plano. Quem não trabalha com planos chega em um determinado momento que tem uma desorientação”, comentou.

Ele falou também da obra do binário da Avenida Santos Dumont em execução atualmente. “Obras que vão acontecer e estão acontecendo que foi planejamento e busca de recursos até internacional. O primeiro empréstimo internacional da história de Criciúma, no valor de 15 milhões de dólares, foram todos desenhados dentro do nosso planejamento e do nosso governo. Este recurso estava garantido há muito tempo. Para mim, a mobilidade urbana é o ponto que precisa ter mais foco das próximas administrações. Se olhasse para este plano economizaríamos muitos recursos ao não fazer obras que não são de interesse da população”, relatou.

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Reconhecimento

Ainda na entrevista ao Programa Agora, Márcio Búrigo falou que os prefeitos devem reconhecer o que de bom foi realizado pelo antecessor. “No dia a dia é muito difícil que o sucessor faça reconhecimento ao prefeito anterior. Eu tenho humildade de reconhecer que quanto cheguei no poder público foram muitos recursos e os projetos estabelecidos do tempo do prefeito Antonelli”, finalizou.

Ouça a entrevista completa no podcast:

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