Foi dado mais um passo para a criação do Aliança Pelo Brasil, futuro novo partido do presidente da república, Jair Bolsonaro. Na manhã desta quinta-feira, 21, houve a primeira convenção do Aliança, em Brasília. Estiveram presentes as lideranças do futuro partido: além do presidente o filho dele, senador Flávio Bolsonaro. Deputados pesselistas e de outros partidos, que deverão fazer a migração assim que a nova legenda for fundada, também estiveram presentes.
Deputados catarinenses, alinhados aos discursos do presidente, estiveram na reunião. Ainda não há definição de quando o partido será oficialmente fundado: depende de assinaturas para ter a aprovação junto ao TSE. O Ministério Público posicionou-se contrário sobre a possibilidade de assinaturas digitais, o que tornaria mais lento o processo de fundação.
"A militância fez questão de prestigiar esse momento, que nasce a esperança da criação do partido do presidente da república. Nós fomos eleitos pelo PSL, partido que durante toda a campanha trabalhou alinhado com as ideias do Bolsonaro. Agora temos que respeitar os limites juríudicos que permitem ao deputado fazer a sua opção", falou o deputado federal Daniel Freitas (PSL-SC), que esteve na convenção.
Nesta quinta-feira foi assinado o termo dos fundadores do partido. Nenhum dos deputados do PSL assinou; eles dependem que o partido seja oficialmente criado para fazer a migração à nova legenda sem perder o mandato.
Se o TSE definir que não há a possibilidade de assinaturas online, é possível que a criação da nova legenda aconteça somente em 2021. Assim, os deputados seguirão no PSL. "O PSL já vem trabalhando junto com o presidente, não acredito que o partido vá virar de oposição na Câmara. Não acredito que eles coloquem em maus lençois os deputados alinhados ao Bolsonaro", avaliou Daniel.
O deputado falou também sobre as lideranças do futuro partido em Santa Catarina. "Estamos construindo essa liderança. Obviamente que ela parte dos três deputados federais e quatro deputados estaduais, além da vice governadora e de uma militância que está pronta para sair em campo e que não tem a limitação jurídica da janela", concluiu Freitas.