Mais um candidato a vice-prefeito de Criciúma falou ao Programa Agora, da Rádio Som Maior. Nesta terça-feira, 20. Pedro Ângelo, o Pedro da Próspera (PSTU), vice de Professor Ederson (PSTU), apresentou as suas ideias. Ele foi o quinto a conceder a entrevista à série. Nos próximos dias falam Ricardo Fabris (PSD), vice de Clésio Salvaro (PSDB) e Neguinho (PDT), que compõem chapa com Rodrigo Minotto (PDT).
Ele iniciou a entrevista comentando sobre a ausência do PSTU nos programas de rádio e TV. “É lamentável dentro de uma democracia. O PSTU fica com dificuldades de expor o seu programa que vem a contribuir muito para uma discussão e para ter um embate mediante a tudo isso que vem acontecendo. São propostas alternativas revolucionárias e socialistas, diferente dos outros candidatos representados por outas siglas”, comentou.
O candidato ainda salientou que o partido está demonstrando o seu programa. “Mostramos o diferencial de nosso projeto, uma nova cidade, novos rumos. São duas propostas, a primeira é emergencial porque convivemos com a pandemia e virou um pandemônio, porque há desencontros de lideranças demostrando um pulso mais firme neste sentido para que pudéssemos estar mais sossegados e estas consequências todas faltou uma ação mais firme. Tratamos que precisa ser feito um trabalho de urgência diante desta situação toda. A população quer uma resposta positiva para que saíamos desta situação toda. Todo este trabalho precisa ser voltado para a saúde e a gente vê muitas deficiências. Um dos dados que já foi levantado, existem 15 mil consultas pendentes seja diretas, retornos, mas é considerada uma consulta. São ações que o PSTU pretende fazer acontecer neste sentido”, destacou.
Filho de mineiro, Pedro lembrou que já atuou na área da saúde, quando permaneceu por seis anos no 24h. As pessoas me conhecem por ser da Próspera, mas por ter trabalhado na unidade de saúde também.
Fiz o curso de instrutor e tive a oportunidade de ser instrutor de trânsito. Hoje estou no ramo da panificação”, disse.
A escolha
Pedro da Próspera ainda explicou a sua preferência pelo socialismo. “Sendo de uma classe operária, desde pequeno não conseguia entender o diferencial, porque bairro, porque cidade, porque casas simples, moradias, e eu queria entender tudo isso. Hoje a gente entende que por questões de sistema, de ideologia, este diferencial existe. Porque existe o capitalismo que prega esta questão da divisão de classes. Já o socialismo é diferente, prega a questão igualitária. Sempre me identifiquei. A gente vê as pessoas fazendo queixas e sabemos que as mudanças precisam ser feitas. O partido socialista tem um programa para fazer este embate e ser contrário a este sistema que está aí”, relatou.
Perguntado sobre o governo Lula, ele disse que o petista deixou de ser de esquerda. “O governo do Lula não era socialista porque se for olhar o programa inicial do PT, tinha realmente uma linha de radicalizar, tanto que vimos na cidade muitas situações neste sentido. Mas o PT criou uma frente popular que foi enxertada e se complicou tudo. O PT se mantêm de pé na figura do Lula, porque em termos de programa não tem nada a ver com esquerda. O único partido se esquerda no país hoje é o PSTU. Tanto é que o único remanescente desta ideia é o Zé Maria, que era companheiro do Lula. Ele se mantêm com esta ideologia, e o Lula partiu para outra linha. Não vamos abaixar a guarda porque entendemos que o nosso programa é profundo, que dá eficacia para uma sociedade mais justa, igualitária, fazer justiça social com seriedade, transparência. Tem elementos que são positivos. No papel as pessoas ficam assim, mas dando espaço, na prática dá resultado positivo”, destacou.
Conselhos populares
O candidato ressaltou a ideia do PSTU em governar através da criação de conselhos populares. “Pensamos que através de conselhos populares vamos ter esta força. Vamos elaborar projetos de conceitos populares, fazer com que a população participe. Todo o poder emana do povo e eleito o representante é o que tem que fazer. Chega de quatro em quatro anos, parece que está engessado isso, aí, esperando quer alguma após quatro anos alguém vai fazer alguma coisa. O povo tem que fazer alguma cosia. Fazer os conselhos comunitários e fazer as mudanças necessárias”, destacou.
Saúde
Voltando a falar sobre a saúde, o candidato a vice-prefeito reafirmou o compromisso com a diminuição das filas e sobre não sobrecarregar os hospitais. “Temos que estruturar postos de saúde, aumentar o efetivo de corpo clínico para atender a demanda, diminuir as 15 mil consultas me espera. Para isso vamos fazer uma frente de trabalho e um plano de obras com urgência e investir no Hospital São José de forma eficaz, com qualidade. Temos que ver a questão do investimento e canalizar toda a força para o SUS.
Transporte
Para falar do transporte público, Pedro fala em “a prefeitura tomar as rédeas”. “Porque hoje as coisas são diferentes, tudo foi construído com dinheiro público. Quem tem que dar assistência é a prefeitura. Isso faz parte a mobilidade, o transporte, a segurança. O usuário precisa de respeito e é uma ação que vamos olhar com muito carinho. Os terminais, os ônibus, as estradas, precisa ser feito em conjunto com as obras. Temos a proposta de abaixar o valor da passagem do ônibus para R$ 2 e municipalizar a gestão do transporte urbano”, afirmou.
Confira a entrevista na íntegra: