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Amanhã (26) será feita a votação do segundo processo de impeachment do governador Carlos Moisés. O Tribunal Misto Especial, responsável pela decisão, é composto por cinco deputados estaduais, cinco desembargadores e pelo presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Tendo sido os deputados escolhidos por eleição realizada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina ainda em 2020, quando o processo foi aberto.
Dentre os cinco legislativos, está o deputado José Milton Scheffer (PP) que atualmente é o líder do governo dentro da Alesc. Esta posição foi assumida por Scheffer no início deste ano de 2021 através de eleição, ou seja, após se tornar membro do tribunal. Mas esse posicionamento chamou a atenção do deputado Ivan Naatz (PSL) que apresentou pedido para a suspensão da participação de Scheffer no tribunal.
Na visão de Naatz, deixar o líder do governo no tribunal que julga o impeachment "é a mesma coisa que estivesse o advogado do réu lançando a sentença", disse em entrevista ao programa Adelor Lessa. Por isso, apesar de ter votado pela participação de Scheffer no tribunal em 2020, Naatz encaminhou o pedido de suspesão ao presidente do TJSC, Ricardo Roesler.
Questionado sobre a possibilidade de suspensão, Scheffer afirmou que é líder do governo e não do governador. Também relembrou que é um cargo voluntário de representatividade, mas caso esteja previsto na lei que rege os processo de impeachment no Brasil que ele não pode fazer parte do Tribunal Misto Especial, ele mesmo fará o pedido de afastamento. Scheffer relembrou que votou a favor do arquivamento no primeiro pedido de impeachment, mas que votou a favor da continuidade do processo que acontece nesta sexta-feira.
O deputado Naatz informou que a reunião com Roesler acontece as 11h desta manhã de quinta-feira (25) e dela deverá sair a decisão do afastamento ou não de Scheffer.
