Com exclusividade após o primeiro turno das eleições 2022, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), concedeu uma entrevista falando sobre seu futuro político, bem como, sua posição na segunda etapa no pleito. O tubaronense conversou com Adelor Lessa, Maga Stopassoli e Upiara Boschi e, após a sabatina, os jornalistas analisaram as respostas durante o Plenário, na Rádio Som Maior, nesta quinta-feira (13).
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Apesar de manter a neutralidade durante a entrevista e, por consequência, não comentar em quem deve votar no segundo turno das eleições, Carlos Moisés deu indícios. "Se fosse para apoiar Jorginho Mello, por exemplo, ele já teria feito declaração. Eu acho que é uma posição muito complicada. Ele veio na onda do Bolsonaro em 2018 e já é apontado pelos bolsonaristas como traidor, então, qualquer manifestação contrária seria muito complicada para explicitar. Ele mantém uma postura possível", comenta Upiara Boschi.
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Abaixo, confira a análise do Plenário na íntegra:
Para a jornalista Maga Stopassoli, a neutralidade de Moisés era um caminho 'mais ou menos' óbvio. "Se fosse para ele declarar algum tipo de apoio, teria feito isso no primeiro turno. Quando a campanha detectou o movimento da onda, não dava mais tempo de tentar colar uma imagem ou tentar convencer de alguma forma. Se ele não encabeçou essa ideia "bolsonarista", não teria porque fazer agora. De fato, se ele apoia o Jorginho, ia, de repente, passar uma imagem de se aproveitar de uma situação", opina.
Quanto ao futuro do governador, nenhum projeto político à vista. "Acho que ele se recolhe, vai ficar aguardando o desempenho do próximo governo e as circunstâncias políticas, que podem trazê-lo de volta ou não. Já citavam, inclusive, que ele poderia ser candidato a prefeito de Tubarão, onde ele fez quase 50% dos votos no primeiro turno; e, também, os prefeitos aliados queriam colocar o nome de Moisés na estrada para 2026. Mas ele disse: 'não, não, calma'", acrescenta Adelor Lessa.