Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) participaram do primeiro debate presidencial do segundo turno na noite deste domingo (16). A transmissão foi realizada pela TV Bandeirantes, TV Cultura, UOL e Folha de S. Paulo. E, nesta segunda-feira (17), os jornalistas Adelor Lessa, Maga Stopassoli e Upiara Boschi comentaram sobre o assunto no Plenário.
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Além das perguntas dos jornalistas, o debate proporcionou dois blocos de conversa livre entre os candidatos, com 15 minutos para cada. "Esse modelo de administrar o tempo é muito interessante. A produção praticamente entregou a Lula e Bolsonaro a condução da conversa. Permitiu humanizar o debate ao invés de ser algo teatral", avalia Upiara Boschi. "O conteúdo foi algo que a gente podia esperar de duas figuras que já governaram o país que tem os seus méritos e falhas. E as falhas bem evidentes. Foi um debate bastante focado nas dificuldades de cada um. Não consigo ver possibilidade de virada de voto", completa.
Maga Stopassoli também elogiou o formato adotado. "Achei sensacional colocar os candidatos em uma situação de fragilidade, nitidamente, quando eles dizem basicamente 'vocês querem a vaga de presidente? Ok, me convençam'. Expor os dois candidatos frente a frente com o domínio que eles precisariam ter do tempo, que muitas vezes não tiveram, e eu achei que rendeu mais", comenta. "De fato, o grande calcanhar de aquiles de Bolsonaro é a pandemia e também faltou respostas que o Lula poderia ter dado. Uma delas foi quando Bolsonaro perguntou sobre o ministro da Economia e ele não respondeu", conclui.
Para Adelor Lessa, é na minuciosidade da conversa que pode estar o fator que impactará na mudança de pensamento do eleitor. "Como é uma eleição muito apertada, o detalhe pode decidir para lá ou para cá, mudar voto, trabalhar, principalmente, aqueles da abstenção do primeiro turno, ou seja, os indecisos ou que não gostariam de votar em nenhum", afirma.