Nessa quinta-feira, 21, em entrevista coletiva o governador Carlos Moisés justificou o descontentamento dos professores com relação ao projeto de reajuste da tabela do magistério, apresentado pelo governo na Assembleia Legislativa.
“Nos temos uma lei de responsabilidade fiscal no orçamento e temos que trabalhar com aquilo que é possível no momento. Acredito que estamos dando um grande passo quando estabelecemos uma remuneração mínima na base de R$ 5 mil. A reforma da previdência pode ter frustrado alguns profissionais. Nós estamos investindo também no futuro dos servidores. Pode não ser o que se esperava, o ideal, mas é o que foi possível”, afirmou Moisés.
A proposta foi construída com a participação dos deputados que compõem a comissão mista da Assembleia Legislativa que trata da revisão salarial dos servidores públicos estaduais. O projeto apresentado garante um reajuste mínimo de 10% da tabela. Os reajustes mais significativos foram concedidos aos profissionais com mestrado e doutorado, que terão incrementos de 28,8% a 56,4%. A mudança se aplica também aos servidores inativos.
Reunidos na quarta-feira, 20, em Florianópolis na Assembleia dos Trabalhadores da Educação Pública Estadual, a categoria do magistério catarinense debateu sobre o projeto do Plano de Carreira apresentado pelo Governo do Estado na Assembleia Legislativa. A categoria definiu ações para cobrar um Plano que respeite as diretrizes de carreira e o Piso Salarial Profissional Nacional.
Após a assembleia, um ato foi realizado pelas ruas do centro de Florianópolis com destino a sede da Secretaria Estadual de Educação (SED), onde a categoria manifestou seu descontentamento com as ações tomadas pelo governo catarinense em relação à educação.
Conheça os principais encaminhamentos da Assembleia Estadual do SINTE/SC:
- Defesa de uma tabela salarial que respeite as diretrizes de carreira e o Piso Salarial Profissional Nacional, de acordo com o que estabelece a lei 11.738/2008, ao contrário da proposta apresentada pelo governo do estado, que não contempla estas reivindicações e não promove a descompactação,
- Continuar exigindo a descompactação da tabela salarial, com forte mobilização para participação da Assembleia Estadual,
- Unificação da luta salarial com as demais categorias do serviço público estadual,
- Realização de uma campanha contra o Governador Moisés, denunciando todos seus ataques ao magistério, (reforma da previdência, aprofundamento do achatamento salarial, novo Ensino Médio Empresarial, contra a municipalização, reajuste do auxílio alimentação...)
- Intensificação e estadualização da luta contra a municipalização,
- Denunciar para a categoria e sociedade, os/as deputados/as que aprovaram a reforma da previdência proposta pelo Governador Moisés,
- Mobilizações nos escritórios regionais e bases eleitorais dos deputados/as;
- Realização de encontros regionais de aposentados, como forma de fortalecer a mobilização
- Intensificar a luta contra a PEC 32 e participação em todas as atividades organizadas pelas Centrais Sindicais e/ou Fórum dos Servidores,
- Campanha contra os ataques a liberdade de ensinar,
- Defesa de formação continuada promovida exclusivamente por universidades públicas.