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Poliomielite: Faltam 300 crianças para a meta em Criciúma

Campanha de vacinação termina nesta sexta-feira. Coordenação demonstra preocupação com crianças residentes na área central

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 11/11/2020 - 16:46 Atualizado em 11/11/2020 - 16:48
Foto: Divulgação
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Terminam nesta sexta-feira, 13, depois de uma prorrogação anunciada no fim do mês passado, as campanhas de Multivacinação e Vacinação contra a Poliomielite, mobilizações nacionais iniciadas no começo de outubro. E Criciúma está muito perto da meta preconizada. "Já vacinamos 9.350 crianças, e faltam 300 para chegar na meta de 95% do público-alvo", comenta a técnica de enfermagem do setor de imunização da prefeitura, Kelli Barp Zanette. Criciúma atingiu, até agora, 92% de cobertura com a vacina.

"Essa prorrogação nos permitiu realizar algumas ações que foram efetivas para que nos aproximemos da meta. Nas ações de sábado e domingo passado, por exemplo, vacinamos 103 crianças. Crianças que não seriam vacinadas nesses dias com as unidades básicas de saúde fechadas", observou. 

Vacinas por bairros

Há uma preocupação com as crianças da área central de Criciúma. "É que nos bairros a gente tem o cadastro dos moradores, o agente comunitário tem mais acesso para chegar nas casas e cobrir aquela área. Na região central tem a característica de a população não usar muito a rede pública, e a gente não tem um cadastro verdadeiro, o agente não consegue cadastrar todos os moradores do Centro", avaliou Kelli. "Não temos um número real de cadastrados no Centro", acrescentou.

Para comprovar a adesão nos bairros, os números foram substanciais. No Rio Maina, aproximadamente 600 crianças foram vacinadas. Na Mina do Mato, cerca de 400. No são Luiz e Quarta Linha, em torno de 350. Na Boa Vista e Metropol, pouco mais de 300 vacinados. Na unidade do Centro, foram aplicadas vacinas em mais de 700 crianças.

Não faltam doses

A coordenação da campanha ainda tenta elaborar algumas ações para os dois últimos dias, e reforça o chamamento para que os pais levem seus filhos às unidades de saúde. "Tivemos uma ação com o Rotary, outra no Dia do Funcionário Público, no último sábado também instalamos um ponto de vacinação na Praça Nereu Ramos, tudo isso surtiu efeito. Colocar a campanha na rua trouxe resultados", comentou. 

Não há, e não houve desde o início da campanha, falta de doses. "Não tivemos qualquer dificuldade em relação à quantidade. Tivemos o abastecimento do início da campanha, na semana anterior recebemos o estoque para toda a campanha e até hoje estamos trabalhando com essas doses", sublinhou Kelli. E a sobra da campanha será utilizada normalmente. "A vacina da polio já é utilizada na rotina, a criança faz o reforço com 1 ano e 3 meses e com 4 anos. A sobra da vacina vai continuar na geladeira e vamos usar", referiu. 

Vírus ainda circula

Mesmo com a polio erradicada no Brasil desde os anos 80, a preocupação das autoridades persiste. "É que há uma circulação mundial do vírus. Temos que manter a cobertura alta, o sarampo por exemplo voltou, tivemos óbito por sarampo, como admitir óbito por uma doença que tem vacina para criança e adulto, e a paralisia é a mesma coisa, circula no Afeganistão e Paquistão", argumentou. "A pessoa pode dizer que nunca foi para o Paquistão ou Afeganistão, mas alguém foi e pode trazer o vírus para o Brasil, por isso a prevenção e a vacinação são tão importantes", acrescentou. 

 

No Estado

A Secretaria de Estado da Saúde confirma o encerramento da campanha na próxima sexta. No estado, das 342.825 crianças esperadas, foram vacinadas 250.875, uma abrangência de 73,18% do público-alvo. Ou seja, Criciúma está cerca de 20% acima do que o estado alcançou na campanha. A meta para Santa Catarina era imunizar 325.684 crianças. A vacina é destinada a crianças de 1 ano a manos de 5 anos, e a multivacinação foca em adolescentes com até 14 anos, 11 meses e 29 dias. 

“As Campanhas servem como um alerta para o pais, da importância da vacinação, mas não quer dizer que com o  fim da Campanha as vacinas param de ser oferecidas. Portanto, a gente reforça o pedido para que crianças e adolescentes tenham a caderneta de vacinação atualizada”, pontuou a gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Lia Quaresma Coimbra.

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O Brasil não detecta casos de poliomielite (paralisia infantil) desde 1990 e em 1994 recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território. Em Santa Catarina, os últimos registros da doença foram em 1989. No entanto, os esforços ainda precisam ser mantidos, com a imunização de todas as crianças, para que o Brasil continue livre da doença. A poliomielite é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus. Ela é caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. Ela acomete, em geral, os membros inferiores, tendo como principais características a flacidez muscular.

A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A melhor medida de prevenção adotada é a vacinação.

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