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“Política não é lugar para aventura nem para aventureiros”

Frase é do ex-prefeito Napoleão Bernardes, de Blumenau, que concorreu a vice-governador na última eleição

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 10/09/2020 - 14:20
Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito
Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito

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Desde muito cedo na política e prefeito de Blumenau em duas oportunidades, Napoleão Bernardes (PSD), percorre 33 cidades da Região Sul desde a última segunda-feira em visita às bases e visando as eleições municipais de 15 de novembro. Bernardes foi ainda candidato a vice de Mauro Mariani (MDB), na época ele ainda era filiado ao PSDB. “Viemos atualizar a base, a militância e construir grandes gestões e mandatos exitosos”, salientou em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior.

Entre as lidernças, o deputado federal, Ricardo Guidi acompanha a agenda.

“A política é extraordinária se forem bons e extraordinários os propósitos”

Bernardes comentou sobre toda a situação envolvendo o governador Carlos Moisés da Silva (PSL). “Política não é lugar para aventura nem para aventureiros. Política com ‘P’ maiúsculo, com ética, com decência, com retidão, é lugar para pessoa idealista, vocacionada, capacitada, com histórico, com experiência de vida, independente se é experiência na vida pública ou na vida privada, mas gente forjada, experimentada com relação à vida. Não é questão de idade, por idade não significa experiência. Significa ser experimentado. A política em si é neutra. Neutra em que sentido: vai ser ruim se ruins forem os escolhidos e ruins forem os propósitos dos escolhidos. A política é extraordinária se forem bons e extraordinários os propósitos, os valores. As vagas estão aí e as pessoas vão ser eleitas. Se as pessoas de bem se afastem do processo, pessoas que fogem dos nossos ideais vão acabar sendo eleitas. A grande lição que fica de 2018 é que as pessoas devem passar por um crivo. Se a gente vai contratar alguém na casa da gente, para a empresa, vai olhar bem o currículo, ter olho no olho, se tem confiança. E assim tem que ser a escolha dos vereadores, do vice-prefeito, do prefeito para que a gente fuja das aventuras e ir para uma questão de consistência de gente que tenha lapidação, qualidade e preparo de pessoas que possam fazer a diferença”, enfatizou.

Impeachment

Ainda sobre o atual governo catarinense, ele fala dos processos de impeachment em tramitação. “Parece muito bem desenhado em virtude dos graves fatos que Santa Catarina conviveu. A pandemia não pode ser salvo conduto e carta em branco para o governante fazer a sacanagem que quiser. Não é uma pandemia que vai evitar que a imprensa cumpra o sue papel fiscalizatório. A pandemia não é salvo conduto para a polícia não fazer o seu trabalho, par ao Ministério Público, o judiciário atuarem, nem ser salvo conduto da Assembleia Legislativa fechar os olhos para o que está acontecendo no estado. É algo grave, sério, R$ 33 milhões que poderiam estar sendo investidos. Isso que não foi para frente o hospital de campanha. Mas é claro que o processo de impeachment vai ser analisado por um tribunal, presidido pelo presidente do Tribunal de Justiça em um tribunal composto por deputados e desembargadores. Comprovadas as ilicitudes, o caminho legal tem que ser tomado”, apontou.

Pandemia e eleições

O ex-prefeito de Blumenau também tratou das mudanças impostas pela pandemia do novo coronavírus nas eleições deste ano. “Afetou já na postergação das eleições para novembro e isso mexe com o processo de debate da agenda, das prioridades porque é importante olhar além do horizonte, no pós-pandemia. Os reflexos na questão economia, na própria saúde pública, na oportunidade de trabalho. A pandemia teve afetação nos mais diferentes graus. A agenda de debates vai ter que focar neste pós-pandemia, desde o processo educacional, a mobilidade urbana, o desenho e redesenho das suas cidades.

O próprio mundo se questiona, se interroga, se discute o próprio mundo no pós-pandemia e aqui no  Brasil, e em Santa Catarina, será um fator norteador do debate porque todos discutem o que será o dia depois de amanhã. A eleição neste momento acaba sendo providencial pro permitir um debate que deve ser qualificado sobre justamente o presente e o futuro das cidades com relação ao que está por vir”, disse.

Ouça a entrevista no podcast:

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